A produção industrial dos Estados Unidos cresceu em dezembro, com as manufaturas registrando a maior expansão em um ano, dando mais uma evidência de que a economia terminou 2011 mais firme.
A produção da indústria avançou 0,4 por cento em dezembro, informou o Fed, após queda de 0,3 por cento em novembro. Economistas previam alta um pouco maior, de 0,5 por cento.
"Isso mostra que a economia está seguindo em frente, com mais sinais de crescimento econômico moderado. É uma validação de que a expansão econômica continua", disse o estrategista-chefe de mercado da D.A. Davidson & Co em Lake Oswego, Oregon, Fred Dickson.
Indicando que a economia terminou bem o ano, a produção manufatureira cresceu 0,9 por cento, após contração de 0,4 por cento em novembro.
No quarto trimeste como um todo, a produção industrial subiu 3,1 por cento contra o mesmo período do ano passado, marcando o décimo trimestre seguido de alta.
O setor manufatureiro tem sido um dos principais motores de crescimento nos EUA desde o fim da recessão, que durou de 2007 a 2009. Espera-se que a produção econômica norte-americana tenha crescido a uma taxa anual de ao menos 3 por cento no quarto trimestre.
INFLAÇÃO AO PRODUTOR
Ainda nesta quarta-feira, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que o índice sazonalmente ajustado de preços no atacado caiu 0,1 por cento. Economistas ouvidos pela Reuters previam alta de 0,1 por cento.
Excluindo os voláteis custos de energia e alimentos, o núcleo dos preços subiu 0,3 por cento no mês passado, elevado por um grande encarecimento nos caminhões leves. Foi a maior alta desde julho, acima das expectativas de 0,1 por cento.
A queda nos preços de energia segurou a inflação no mês passdo e o Fed prevê que a inflação esfriará nos próximos meses.
"A inflação não está no radar do Fed e deve certamente ficar em ou abaixo de sua meta de 2 por cento neste ano. O Fed está mais preocupado com a lentidão da recuperação e com a falta de criação de emprego", disse o estrategista-chefe de câmbio da Forex.com em Bedminster, New Jersey, Brian Dolan.
O custo de energia para as empresas caiu 0,8 por cento no mês passado, com a gasolina em baixa de 2,3 por cento. Os preços de alimentos baixaram 0,8 por cento.
Isso levou a leitura de 12 meses da inflação ao produtor para 4,8 por cento, em queda maior que o previsto, após taxa de 5,7 por cento em novembro.