A produção industrial no país recuou em 12 dos 14 locais pesquisados em março pelo IBGE, na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou o instituto nesta terça-feira (10). Março foi o 25º mês de queda consecutiva na produção e o cenário tem impacto do desemprego em alta, queda no rendimento médio do trabalhador, inflação e juros altos.
No Paraná, a retração em março foi de 6%, em comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria do estado contabiliza um recuo de 8,9% na produção. Já em relação a fevereiro deste ano, o avanço foi de 2,8%.
A queda em março foi menor do que a registrada na média nacional, de 11,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o recuo nacional chega a 9,7%.
Apenas Pará (7,3%) e Mato Grosso (4%) tiveram crescimento na produção no intervalo de um ano – março de 2016 contra março de 2015. A indústria de todos os outros estados amargou perdas no nível de atividade. Pernambuco (-24,4%) e Espírito Santo (-22,2%) foram os estados que mais tiveram queda na produção.
Goiás (-14,3%) ficou acima da média nacional (-11,4%), assim como São Paulo (-12,5%). Maior parque fabril do país, São Paulo acumula, somente no primeiro trimestre deste ano, recuo de 13,6% na produção em relação a igual período do ano passado.
Mês
Os dados regionais da produção industrial são complemento da Pesquisa Industrial Mensal, cujos números de março foram divulgados na semana passada.
Na ocasião, já havia sido observada melhora na produção da indústria na passagem de fevereiro para março, de 1,4%.
Ainda que tenha havido avanço, o indicador não significa que a curva de produção está revertendo tendência de queda. Na passagem de fevereiro para março, a indústria teve aumento na produção em 10 dos 14 locais pesquisados. O estado do Amazonas foi o único a crescer dois dígitos, a 22,2%. São Paulo e Rio tiveram crescimento de, 1,5% e 2,2%, respectivamente.
Apenas Goiás (4,3%), Pará (-3,2%), Espírito Santo (-1,7%) e Rio Grande do Sul (1,3%) tiveram quedas na produção.
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