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A produção industrial do Paraná sofreu queda de 7% em abril deste ano, na comparação com março. O resultado foi o segundo pior entre as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ficou abaixo da média nacional, que caiu 0,2%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6).

De acordo com o economista do IBGE Fernando Abritta, o resultado negativo do Paraná foi motivado principalmente pelo desempenho dos setores de edição e impressão e de veículos automotores. "O setor de edição impressão é bastante volátil no Paraná, e o resultado do setor influencia diretamente na produção do estado", afirmou Abritta.

Comparação anual

Em contrapartida, o estado registrou alta de 2,4% na produção industrial de abril na comparação com o mesmo mês de 2011. O destaque foi justamente o setor de edição e impressão, com alta de 67,5%. Segundo o IBGE, a base de comparação foi baixa - assim, o resultado expressivo de abril também é consequência do baixo desempenho do setor em abril de 2011 (-46,2%).

A queda mais expressiva na comparação anual ocorreu no setor de veículos automotores (-7,5%). "O Paraná produziu um número menor de caminhões e tratores no período", disse o economista.

A produção industrial no Paraná tem crescimento no acumulado de janeiro a abril (6,2%) e nos últimos 12 meses (7,8%).

Dados nacionais

Na passagem de março para abril, a produção regional, com ajuste sazonal, mostrou taxas negativas em 12 dos 14 locais que compõem a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo instituto.

As maiores perdas foram registradas em Goiás (-7,6%) e no Paraná (-7,0%), que praticamente eliminaram os avanços registrados no mês anterior (de 7,7% e 7,3%, respectivamente). Amazonas (-5,8%) Ceará (-4,7%), Rio de Janeiro (-2,9%) e Rio Grande do Sul (-2 4%) também apresentaram recuos bem acima da média nacional (-0 2%). Os demais resultados negativos foram verificados na região Nordeste (-0,7%), em Pernambuco (-0,6%), em São Paulo (-0,4%), na Bahia (-0,3%), no Espírito Santo (-0,2%) e em Minas Gerais (-0,1%). Por outro lado, Pará (4,3%) e Santa Catarina (0,3%) assinalaram os dois resultados positivos em abril.

Na comparação com o mesmo mês de 2011, 10 dos 14 locais mostraram queda na produção em abril de 2012. As perdas mais intensas foram verificadas no Amazonas (-11,8%) e no Rio de Janeiro (-9,4%). Os resultados foram provocados, em grande parte pelo comportamento negativo do segmento de bens de consumo duráveis, com destaque, no Amazonas, para a redução na produção de motos, aparelhos de ar condicionado, micro-ondas, celulares, televisores e relógios e, no Rio de Janeiro, de automóveis.

Espírito Santo (-4,4%), São Paulo (-3,8%) e Ceará (-3,2%) também apontaram recuo acima da média nacional (-2,9%) na comparação com abril de 2011. Os demais resultados negativos foram observados em Santa Catarina (-2,3%), no Rio Grande do Sul (-1 7%), na Bahia (-1,4%), na região Nordeste (-0,8%) e em Minas Gerais (-0,7%). A expansão mais acentuada foi vista em Goiás (15 1%), o que reflete não só a baixa base de comparação (em abril do ano passado, o recuo da produção industrial do Estado foi de 9,8%), mas também o incremento na produção de medicamentos em abril de 2012. Pernambuco (3,9%), Pará (3,0%) e Paraná (2,4%) também registraram aumentos no período.

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