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IBGE

Produção industrial do PR cai em dezembro, mas tem o melhor desempenho do país em 2008

O Paraná foi o estado que apresentou o maior crescimento na produção industrial em todo o ano de 2008. A indústria do estado teve produção 8,6% maior no ano passado, mesmo tendo sofrido em dezembro uma queda de 11,3% em relação a novembro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira (5) os valores regionais da Pesquisa Industrial de Produção Física, que abrange 14 localidades do país.

O crescimento de 8,6% da produção da indústria no Paraná acumulado entre janeiro e dezembro do ano passado ficou bem acima da média nacional, que foi de 3,1%. Atrás do Paraná, vêm os estados de Goiás (8,5%), Espírito Santo e Pará (5,6%) e São Paulo (5,3%).

Nos dados mensais do fim de ano, o cenário já não é tão positivo e reflete os efeitos da crise econômica mundial. O índice referente ao mês de dezembro mostra queda 11,3% frente a novembro. Segundo o IBGE, foi a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 14% nos últimos dois meses de 2008.

Na comparação de dezembro de 2008 com o mesmo mês de 2007, o recuo foi de 6,7%, primeira taxa negativa desde setembro de 2006 (-7,9%). Nos indicadores trimestrais, a produção no período outubro-dezembro de 2008 mostrou acréscimo de 1,0% frente à igual trimestre do ano anterior, e queda de 4,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Setores

No comparativo com 2007, a produção do Paraná apresentou desempenho negativo em nove das 14 atividades pesquisadas pelo IBGE. Veículos automotores (-46,1%), máquinas e equipamentos (-22,3%) e outros produtos químicos (-34,7%) exerceram os principais impactos negativos sobre a média global, influenciados, segundo o órgão, pela menor fabricação de automóveis e caminhões; máquinas para colheita; e adubos ou fertilizantes.

Por outro lado, as pressões positivas mais significativas vieram de edição e impressão (84,1%) e minerais não-metálicos (33,1%). De acordo com o IBGE essas altas foram decorrentes principalmente do aumento na produção de livros, brochuras ou impressos didáticos; e cimento.

No indicador acumulado no ano (8,6%), nove ramos apresentaram taxas positivas, com a influência de veículos automotores (23,8%), edição e impressão (32,3%) e celulose e papel (16,7%), impulsionados, em grande parte, pela produção de caminhões; livros, brochuras ou impressos didáticos; e cartolina, respectivamente. As pressões negativas mais relevantes vieram de outros produtos químicos (-21,8%) e alimentos (-2,8%), com destaque para os decréscimos de adubos ou fertilizantes e açúcar cristal.

Produção industrial cai em 12 das 14 regiões pesquisadas

O mês de dezembro foi marcado por uma queda na produção industrial em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. As maiores retrações foram registradas em Minas Gerais (-16,4%), Bahia (-15,6%) e São Paulo (-14,9%). Amazonas e Goiás foram os dois únicos locais onde houve alta, de 0,9% e 0,4% respectivamente.

Apesar da desaceleração, todas as regiões fecharam o ano de 2008 com crescimento, se analisados o último trimestre do ano. A exceção é Santa Catarina, que além dos fatores relacionados à crise, também sofreu os impactos da chuva que atingiu o estado, registrando retração de 0,7%.

A comparação do último trimestre de 2008 com o imediatamente anterior também mostra perda de ritmo, refletindo os efeitos da crise financeira internacional a partir de setembro.

Produção nacional

Na terça-feira (3), o IBGE divulgou que houve queda de 12,4% na produção da indústria nacional em dezembro na comparação com novembro. A queda mensal é a maior desde 1991, ano em que o IBGE iniciou o cálculo do indicador, e levou o patamar de produção de volta aos níveis observados em março de 2004.

Com o resultado de dezembro, a produção da indústria brasileira acumula três meses de queda, acumulando perda de 19,8% de setembro a dezembro. Na comparação entre meses de dezembro, o recuo verificado foi de 14,5%, contra uma baixa de 6,4% entre meses de novembro.

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