A produção industrial paranaense registrou alta de 5% no acumulado do ano, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (10). O setor que mais puxou o índice foi o de veículos automotores -- caminhões e carros -, que representou 70% do crescimento.
Em seguida vem o setor de máquinas e equipamentos, refino de petróleo e produção de álcool, cimento/cal e produtos químicos este último explicado pelo aumento de fabricação de máquinas voltadas à produção de celulose. O setor que registrou queda acentuada foi o de edição, impressão e reprodução, pressionado pela redução na produção de materiais impressos, como livros e apostilas didáticas.
Na comparação entre outubro de 2013 e 2012, o estado registrou alta de 13%, ocupando a segunda melhor posição entre as 14 regiões analisadas pelo IBGE. O Paraná ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul, com alta de 14,5% nesse índice. Como no acumulado do ano, o setor mais representativo foi o de automóveis.
Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiepr) Roberto Zurcher, o cenário do estado é positivo porque no ano passado a indústria teve um desempenho ruim. "Realmente podemos dizer que a economia paranaense está reagindo bem, principalmente a indústria. Mas devemos ter como ponto de partida o que aconteceu no ano passado. Nossa base é deprimida", conta.
A indústria, em 2012, apresentou queda de 4,8% Naquele ano, o estado teve o pior resultado da série histórica desde 1998. Os motivos foram a parada de oito semanas da fábrica da Renault e a queda de 17% nas vendas de caminhões da Volvo. "Foi por isso que esse setor de veículos demonstrou mais crescimento", relata Zurcher.Neste ano, o setor de veículos também foi impulsionado por causa da safra de grãos de 2013, que movimentou a comercialização de caminhões agrícolas. As vendas da Volvo para o mercado interno aumentaram 45%.
O ritmo de crescimento do Paraná é 3,4% superior ao registrado na indústria nacional (1,6%). "Isso mostra que o estado está se recuperando das perdas de 2012", relata o pesquisador do IBGE Rodrigo Lobo.