A produção industrial no país cresceu 0,7% em agosto 0,7% na comparação com julho, já descontadas as influências sazonais, informou nesta quinta-feira o IBGE. Com o aumento, a indústria alcançou seu maior patamar da produção, ultrapassando o mês de maio, que até então era o maior nível da série histórica, iniciada em 1991. Em relação a agosto do ano passado, o aumento da produção chegou a 3,2%.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, creditou o resultado à queda dos juros e disse esperar um crescimento ainda maior no terceiro trimestre.
- O número foi positivo. Tudo indica que o terceiro trimestre será certamente melhor que o anterior - disse Mantega.
O aumento veio acima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela Reuters previam um avanço de 0,56% no mês e uma alta de 2,74% em relação ao mesmo período do ano passado.O coordenador de Indústria do IBGE, Silvio Sales, avaliou que a produção industrial no país avança de forma permanente, mas em um ritmo discreto
- Nesse bimestre, de julho e agosto, a alta foi de 1,4%, puxada pela produção de bens de capital e de insumos, com a redução na categoria de bens não duráveis. Há uma tendência de crescimento verificada há cinco trimestres, de uma forma permanente, mas discreta.
"O número foi positivo. Tudo indica que o terceiro trimestre será certamente melhor que o anterior".
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve crescimento de 2,8% em relação a igual período de 2005. O crescimento acumulado nos útlimos 12 meses foi de 2,2%.
O aumento observado no ritmo de produção atingiu 15 das 23 atividades analisadas na Pesquisa Mensal Industrial com avaliação mensal sazonalmente ajustada. Segundo o IBGE, entre os setores positivos estão o de produtos químicos (3,7%), equipamentos de transporte (11,0%), veículos automotores (1,1%) e máquinas e equipamentos (1,5%).
Os resultados negativos mais significativos vieram de alimentos (-1,9%), farmacêutica (-5,3%) e metalurgia básica (-2,8%).
Entre os setores, o de bens capital teve o melhor resultado, com crescimento de 2,8%. O setor apresentou o segundo mês consecutivo de aumento da produção e acumulou taxa de 4,0% entre junho e agosto.
O setor de bens de consumo duráveis cresceu 1,6%, revertendo três meses de resultados negativos (que somaram queda de 1,7%). A produção de bens intermediários subiu 0,7%. A produção de bens de consumo semi e não duráveis caiu -0,9%) e foi a única que registrou recuo.