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IBGE

Produção industrial no PR cresce 11,5% em novembro

A produção industrial no Paraná retomou o crescimento, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). O estado registrou um aumento de 11,5% no mês de novembro de 2010, na comparação com outubro. Além da taxa elevada, o Paraná se recuperou de um recuo de 9,6% em outubro, em relação ao mês de setembro.

Na comparação entre os meses de novembro de 2010 e 2009, o segundo registrou um resultado positivo maior. Em 2009, o crescimento no mês de novembro foi de 13,6%, também recuperando de uma queda de 2,8% em outubro, em ralação a setembro de 2009.

Não é possível estimar quais serão os resultados da indústria paranaense no mês de dezembro, onde há mais períodos de recesso e uma desaceleração natural, mas os resultados acumulados nos últimos 12 meses de janeiro a novembro de 2010 são positivos. O Paraná registra crescimento de 16,5% no acumulado dos últimos 12 meses e 15,6% no acumula de 2010. "Dezembro deve ser um mês mais fraco em função da base de comparação, mas mesmo que não seja um mês bom, o acumulado do ano vai fechar com resultado bastante positivo", explica o economista do IBGE Fernando Abritta.

Destaques

Dos 14 setores pesquisados, 12 tiveram resultados positivos para formar o índice de crescimento da produção industrial no acumulado de janeiro a novembro de 2010. O aumento de 15,6% em relação ao período de janeiro a novembro de 2009 foi impulsionado principalmente pelos setores de veículos automotores, máquinas e equipamentos, alimentos e edição e impressão.

O crescimento mais representativo é de veículos automotores, com 59,8%. "É um setor muito influenciado pelo crédito", ressalta Abritta. Os produtos que influenciaram esse resultado foram os caminhões, caminhão-trator e automóveis. O setor de máquinas e equipamentos cresceu 27,8%, graças à produção de tratores agrícolas e máquinas para colheita. Para Abritta, o bom resultado é consequência da boa produção agrícola em 2010, quando os agricultores tiveram mais capital para investir em equipamentos, e pela baixa base de comparação do ano anterior.

O setor de alimentos cresceu 9,1%, impulsionado pelo açúcar cristal e carnes e miudezas de aves. Já edição e impressão, que tem um resultado variável, cresceu 6,9%, por conta da produção de livros, brochuras e impressos didáticos.

Os dois setores que tiveram resultados negativos foram refino de petróleo/produção de álcool e produtos químicos. A queda no setor de refino de petróleo foi de 8,5%, impulsionada pela menor produção de óleo diesel e gás liquefeito do petróleo (GLP). Já os produtos químicos recuaram 13,4%, principalmente por causa da produção de adubos e fertilizantes.

Já na comparação entre novembro de 2010 e de 2009, o crescimento foi de 13,6% e novamente 12 dos 14 setores pesquisados cresceram. Os destaques positivos foram veículos automotores (21,8%), edição e impressão (26,7%) e alimentos (13%). Já as atividades que decresceram nesse período foram a produção de borracha e plástico (3,6%), principalmente de embalagens plásticas, e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,9%), por conta da produção de disjuntores de tensão.

Desaceleração

Mesmo com o resultado positivo, Abritta alerta que todas as regiões pesquisadas vêm registrando uma desaceleração, notada por meio da comparação dos resultados da produção industrial do primeiro semestre, terceiro trimestre e último bimestre (outubro-novembro).

No primeiro semestre de 2010, o crescimento da indústria paranaense foi de 19,4%, superior à média nacional, que foi de 16,2%. No terceiro semestre, o Paraná recuou para 16,1%, enquanto o Brasil registrou 7,9%. No último bimestre, a desaceleração na produção industrial foi ainda maior, em função de uma base de comparação que estava elevada desde o segundo semestre de 2009. O Paraná cresceu 5% e o Brasil, 3,5%.

"Para o Paraná, 2010 vai ser um ano melhor que 2009, que mesmo com a recuperação da crise de 2008 que teve no segundo semestre, não conseguiu um resultado positivo", diz Abritta. No acumulado de 2009, o estado recuou 2,1%, contra 7,4% do Brasil.

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