A produção industrial recuou em dezembro de 2014, na série com ajuste sazonal, em 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 2014, a produção industrial recuou em dez dos 15 locais pesquisados. Em dezembro, os recuos mais acentuados foram registrados na Bahia (-7,9%), que interrompeu uma sequência de três avanços; em Santa Catarina (-5,9%), que intensificou o ritmo de queda; e em Goiás (-5,3%), que obteve a terceira taxa negativa seguida.
Em São Paulo, o maior parque industrial do país, a produção recuou 3,2% na virada de novembro para dezembro, resultado pior do que o observado na média nacional (-2,8%) para o período. Também registraram quedas mais intensas Pernambuco (-4,1%), Rio Grande do Sul (-3,9%), Espírito Santo (-3,3%) e região Nordeste (-3,0%).
Recuos menores foram observados pelo IBGE no Pará (-2,5%), em Minas Gerais (-2,3%), no Paraná (-0,5%) e no Rio de Janeiro (-0,4%). Apenas duas regiões exibiram resultados positivos na passagem do mês: Amazonas (3,2%) e Ceará (1,7%).
Ano de 2014
No acumulado de 2014, o recuo da produção industrial em quatro regiões foi mais intenso do que na média da indústria (-3,2%), entre elas o maior parque fabril do país, São Paulo, onde a atividade cedeu 6,2% no acumulado do ano passado - o pior desempenho entre as regiões.
As quedas também foram intensas no Paraná (-5,5%), no Rio Grande do Sul (-4,3%) e no Amazonas (-3,9%). Completam o conjunto de locais com resultado negativo nos 12 meses de 2014 Rio de Janeiro (-3,0%), Minas Gerais (-2,9%), Ceará (-2,9%), Bahia (-2,8%), Santa Catarina (-2,2%) e região Nordeste (-0,2%).
"Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes - caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da linha branca, motocicletas e móveis)", destacou o IBGE.
Por outro lado, Pará (8,1%) e Espírito Santo (5,6%) assinalaram as expansões mais elevadas, impulsionados pelo comportamento positivo do setor extrativo (com destaque para minérios de ferro). Mato Grosso (3,0%), Goiás (1,7%) e Pernambuco (0,1%) também apontaram taxas positivas no índice acumulado do ano.