A produção mundial de aço bruto subiu em maio em relação a abril graças à China e à Índia, mas em outras regiões do globo o volume produzido caiu, se mantendo em patamar acentuadamente mais baixo que o do ano passado, mostram dados da indústria divulgados nesta sexta-feira (19).
Em maio, a produção mundial caiu 21% em base anual, apesar de ter crescido em relação a abril. Analistas afirmam que ganhos mensais devem continuar, uma vez que os estoques do metal estão perto do esgotamento.
O volume de aço produzido no mundo em maio somou 95,6 milhões de toneladas, menos que as 121 milhões de toneladas produzidas em maio de 2008. Em abril, o setor produziu 89 milhões de toneladas, segundo a Associação Mundial de Aço.
"Estamos esperando que a produção aumente de forma constante até o final do ano uma vez que o consumo dos estoques está quase completo agora", disse Peter Fish, diretor da consultoria MEPS International.
No mês passado, os preços de produtos de aços longos e planos continuaram estáveis, mas chegaram a conquistar terreno em algumas regiões, o que encorajou siderúrgicas a aumentar produção.
"Registramos uma pequena melhora nos preços e as pessoas terão interesse de comprar até que os preços aumentem mais. Haverá certo incentivo para as siderúrgicas receberem encomendas", disse o analista.
Nos cinco primeiros meses do ano a produção mundial de aço ficou 22,4% abaixo da do mesmo período do ano passado, em 449,2 milhões de toneladas, segundo a Associação Mundial do Aço. A entidade representa 85% das siderúrgicas do globo.
A produção na China cresceu 0,4%, para 217 milhões de toneladas, de janeiro a maio. O país é o maior consumidor e produtor de aço do mundo, responsável por quase metade do volume produzido.
A produção na Europa e na América do Norte continuou baixa. Na América do Norte houve queda de 49,3% de janeiro a maio e na Europa recuo de 44,4%.
Brasil
Na quinta-feira (18), o Instituto Brasileiro de Siderurgia informou que a produção de aço bruto no Brasil em maio cresceu 8% sobre abril, para 1,87 milhão de toneladas, no melhor resultado desde a queda acentuada em novembro.
Nos cinco primeiros meses do ano, a produção brasileira somou 8,6 milhões de toneladas, queda de 41 por cento sobre o mesmo período de 2008.