A produção na Toyota e na Honda provavelmente vai se recuperar mais rápido do que o previsto depois do terremoto que devastou o norte do Japão em março. Em abril, as montadoras cortaram sua produção pela metade.
As montadoras japonesas têm enfrentado escassez de centenas de componentes depois do terremoto e tsunami que danificaram fábricas na região nordeste do país.
Mas as previsões públicas de um retorno somente no final do ano dos níveis de produção para patamares de antes do tremor parecem cada vez mais conservadoras.
"Abril provavelmente marcou o fundo do poço e poderemos ver retorno a níveis normais de produção em julho ou agosto", disse Yoshihiko Tabei, analista chefe da Kazaka Securities.
A escassez de peças no Japão tem afetado inclusive subsidiárias das montadoras no Brasil, que dependem de componentes produzidos no país .
"Alguns fornecedores de autopeças dizem que estão retomando produção total em junho, a tempo para as operações de verão das montadoras. E as interrupções de energia durante o verão provavelmente não terão grande impacto na produção", disse Tabei.
A Toyota, que deve perder este ano o posto de maior fabricante de veículos do mundo, informou que sua produção global caiu 47,8 por cento em abril em relação ao mesmo período do ano passado, para 308.555 veículos.
A Honda divulgou que sua produção caiu em 52,9 por cento, enquanto a Nissan apurou queda de 22,4 por cento.
A Toyota tem afirmado que espera que sua produção no Japão e no exterior seja de cerca de 70 por cento dos níveis normais em junho, enquanto a Nissan estima uma retomada para capacidade total no mundo em outubro.
A Honda prevê uma recuperação até o final do ano, mas também informou que esta previsão representa o pior cenário das projeções.
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