A maior queda dos produtos agropecuários em pelo menos 12 anos levou o Índice Geral de Preços-10 a registrar deflação em setembro.

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O indicador caiu 0,42 por cento neste mês, a menor variação em quase dois anos e meio, depois da alta de 0,38 por cento em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Entre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços por Atacado (IPA) caiu 0,75 por cento, a menor taxa desde abril de 2006, seguindo alta de 0,25 por cento no mês anterior.

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Os produtos agropecuários tiveram queda de 4,30 por cento, ante variação negativa de 1,98 por cento em agosto.

As matérias-primas brutas foram o destaque de baixa no atacado, com deflação de 3,70 por cento. Os itens que mais caíram foram milho, soja, trigo, bovinos e tomate.

"A queda mais forte dos agropecuários contribuiu com dois terços da queda do IPA, enquanto os industriais foram responsáveis por um terço", afirmou o economista da FGV Salomão Quadros.

"A queda desses produtos agropecuários não tem só explicação externa (com a queda das commodities). Leite e bovinos se devem à maior oferta interna."

A queda dos produtos agropecuários já repercute no varejo, em que o grupo Alimentação teve queda de 1,06 por cento. Em razão disso, o IPC registrou a menor taxa desde julho de 2006.

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou 0,03 por cento, depois do ganho de 0,36 por cento em agosto.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,94 por cento, ante elevação de 1,43 por cento no mês passado.

ANO MAIS BRANDO

A menor pressão dos produtos agropecuários e dos alimentos abre espaço para que os IGPs encerrem o ano em um dígito, depois de terem atingido taxa anual de cerca de 15 por cento em meados do ano.

Em 12 meses, o IGP-10 acumula alta de 12,29 por cento.

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O IGP-10 foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de agosto e 10 de setembro.