Durante encontro com o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández Reyna, nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou para defender o comércio na América Latina e disse que a forma de o Brasil driblar taxas cobradas pelos Estados Unidos sobre alguns dos seus produtos é produzí-los em outros países da América Latina. Os EUA impõem sobretaxas, por exemplo, ao etanol brasileiro.
Estamos há três anos e meio ou há quatro anos convencendo os empresários brasileiros a descobrirem a América Latina como parceiros e temos obtido sucesso. Antes, éramos mais "internistas" ou, antes, a gente pensava muito mais nos dois grandes blocos Europa e Estados Unidos disse Lula.
Já o presidente dominicano não poupou elogios a Lula, ressaltando sua "liderança carismática e esperançosa na região".
Lula também falou do fortalecimento do Mercosul. Já o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse desconhecer a informação de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não irá ao encontro do Mercosul, no Paraguai, nos dias 28 e 29. Ele argumentou que ausências são normais e que, se a de Chávez se confirmar, não há qualquer problema político nisso.
Não me parece que haja um contencioso político. Nunca fui a uma reunião do Mercosul ou do Grupo do Rio em que estivessem todos os presidente. E o presidente Chávez é muito assíduo disse Marco Aurélio, brincando que Chávez não é "econômico em palavras" e que, portanto, se houvesse algum problema, já teria falado.