O programa de socorro ao sistema financeiro (Proer) que começou nos anos 1990 deve terminar neste ano. Os bancos Econômico e Nacional, que ainda têm dívidas com o Banco Central (BC), tentam fechar acordo e aproveitar um programa de refinanciamento do governo federal, o Refis das Autarquias, para liquidar o débito com o Proer e parcelar a dívida. Os dois bancos precisaram de socorro reforçado devido ao seu rombo.
O total dos empréstimos do Proer é de R$ 58 bilhões (em valor atual). Aqueles que aderiram ao programa foram divididos: a parte boa da carteira foi repassada a outros bancos, e a parte podre ficou no Proer. Após o pagamento das dívidas, os bancos são fechados de vez.
Com o novo Refis, criado pela lei 12.249/2010, Banorte e Mercantil de Pernambuco fecharam as contas com o Proer no início do ano. O Bamerindus quitou a sua dívida de R$ 3,8 bilhões antes da lei. Só Econômico e Nacional continuam em liquidação extrajudicial. O governo não deve receber tudo que emprestou, porque o novo Refis deu um grande desconto aos bancos: R$ 15,7 bilhões.