Emma Fiorezi (em pé) com a equipe de criação| Foto: Fabio Dias

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Ainda há vagas

Industriais paranaenses interessados na consultoria gratuita do Peiex ainda podem participar. Em cada cidade onde está presente, o Peiex deveria atender prioritariamente uma determinada área, mas para dar conta da meta a coordenação são aceitas empresas de outros lugares. O acompanhamento dos consultores dura de três a quatro meses, e a contrapartida do empresário se resume em disponibilidade de tempo e compromisso em aplicar as sugestões dos especialistas.

Para se ter uma ideia, o custo de mercado de uma consultoria parecida ficaria em torno de R$15 mil. É importante destacar que o participante não será obrigado a iniciar exportações imediatamente, pois o objetivo é disseminar a cultura exportadora. Maiores informações podem ser conseguidas no site da Apex-Brasil (http://www.apexbrasil.com.br), agência do governo federal responsável pelo programa. Mais informações pelos telefones (41) 3281 7442 ou (41) 3281 7443.

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Maringá - A falta de informação sobre os procedimentos burocráticos é um problemas comum no caminho de futuros exportadores. Por isso, um programa público orienta gratuitamente empresários que estão de olho no mercado estrangeiro.

Para lidar com os principais entraves que impedem o pequeno e médio industrial de começar vender no exterior foi criado o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex). A parceria dos governos federal e estadual, juntamente com a Fundação Araucária e sindicatos locais tem como objetivo dar aos empresários as armas necessárias para que se tornem competitivos lá fora. Informação é a principal delas, segundo especialistas.

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Alguns aspectos da exportação assustam e precisam ser desmistificados. Como as demandas de cada empresa variam, consultorias especializadas entram em cena. De acordo com a ucraniana Hanna Welgacz, consultora em comércio exterior que vive há 11 anos no Brasil, embora pareça que o porte da fábrica e o potencial financeiro sejam decisivos para iniciar as exportações, o que realmente diferencia tais empresas não é a experiência. "Claro que um lote grande pode diluir os custos, mas isso se resolve com consórcios entre vendedores", explica.

Antes de alcançar o mercado estrangeiro, os primeiros passos precisam ser dados dentro do território nacional. O produto precisa estar de acordo com as exigências do cliente brasileiro, e em seguida as negociações começam com países vizinhos. "Pesquisas indicam que as exportações começam com países culturalmente parecidos, dentro da América Latina e também Portugal", disse Hanna.

Seguindo a orientação dos especialistas do Peiex, a empresária Ivone Nani Neves resolveu investir em pesquisa de mercado e em novas estratégias de entrega. Ela não tem intenção de vender para fora do Brasil agora, mas considera que o conhecimento adquirido será fundamental no momento em que a fábrica começar produzir para o mercado externo.

Abrangência

Presente em nove estados e no Distrito Federal, no Paraná o Peiex orienta gratuitamente 524 empresas de três cidades e suas regiões metropolitanas. Em Maringá, o programa teve início em fevereiro e já é considerado um sucesso atendendo as indústrias de confecções. "O diferencial foi a contribuição do Sindi­­cato das Indústrias do Vestuário de Maringá (Sindivest) que nos deu apoio", explicou Josiele Ga­­larda, da coordenação do Peiex em Curitiba. Mas o projeto ainda encontra resistência na capital, onde o foco são as empresas do setor metal-mecânico, e em Lon­­drina, onde o foco são as indústrias de alimentos. Nas três cidades as inscrições ainda estão abertas até meados de outubro.

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"Mais cedo ou mais tarde, quem quiser se manter no mercado terá que pensar em exportação", diz Carlos Roberto Penchek, presidente do Sinvest/Maringá e um dos participantes do programa. Ele recomenda aos pequenos industriais que agora é hora de buscar informação pa­ra que no médio prazo possam concretizar o plano. "Da mesma forma que hoje entregamos na Bahia, logo estaremos entregando na Ásia", disse. Penchek agora vai divulgar suas confecções na internet. "Era uma coisa que eu não imaginava antes do Peiex. A intenção não é mostrar o produto para meu cliente, mas para o cliente do meu cliente".