O lucro líquido da Petrobras somou R$ 5,393 bilhões no primeiro trimestre de 2014, queda de 30% na comparação com o mesmo período de 2013, devido a uma provisão bilionária para o programa de demissão voluntária e em meio a uma ligeira queda na produção.
O lucro da companhia, divulgado ontem, veio em linha com a expectativa média de 11 analistas, segundo levantamento da Reuters, que apontou um lucro de R$ 5,24 bilhões para o período. A empresa teve lucro líquido de R$ 6,281 bilhões no quarto trimestre de 2013.
O mercado já esperava uma queda de mais de 30% no lucro da estatal por conta de uma produção fraca, custos crescentes e um real mais fraco, que anulou os efeitos de um aumento de preços dos combustíveis.
A estatal havia antecipado no início da semana um encargo líquido de cerca de R$ 1,6 bilhão no resultado do primeiro trimestre por um programa de demissões voluntárias, que reduzirá sua força de trabalho em 8.298 pessoas, na tentativa de economizar R$ 13 bilhões até o fim de 2018.
Resultado ruim
A produção total de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior caiu 0,8% de janeiro a março, para uma média de 2,531 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Foi o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2009, quando a estatal produziu 2,497 milhões de barris de óleo equivalente por dia, em média.
Mais uma vez, a Petrobras registrou elevado prejuízo de sua divisão de abastecimento, em função da necessidade de importação de petróleo e derivados. A divisão teve prejuízo líquido de R$ 4,808 bilhões no primeiro trimestre deste ano, aumento de 13% ante o verificado um ano antes.
A importação de petróleo e derivados, responsável por forte impacto nas contas da estatal, manteve-se elevada, em 783 mil barris por dia (bpd) no primeiro trimestre, ante 780 mil bpd no trimestre anterior e 860 mil bpd um ano antes.
"Esses recursos são suficientes para o financiamento dos investimentos de 2014, que nos trarão, já nos próximos meses, aumento da geração de caixa operacional como decorrência do crescimento da produção de óleo e gás e menor dependência de importações de derivados, com a entrada em operação da Rnest (Refinaria do Nordeste, ao final do ano)", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Ela reafirmou que a empresa tem confiança de elevar a produção em 7,5% em 2014, com novos sistemas produtivos, após dois anos de queda na extração.
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