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Programas oficiais são ‘isca’ no RS e SC

As empresas que anunciaram investimentos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul levaram em conta os benefícios adicionais oferecidos pelos estados. As fábricas de compensados Guararapes e Sudati receberam incentivos fiscais do governo catarinense. Incluídas no programa Prodec, elas não vão pagar ICMS nas compras realizadas dentro do estado, e os investimentos em unidades fabris e importações serão isentos. Além disso, o ICMS sobre as vendas só será pago quatro ou cinco anos depois, com desconto de até 40%.

As duas empresas vão erguer fábricas de MDF ("medium density fiberboard", chapa usada pela indústria de móveis) para atender à demanda da indústria moveleira catarinense. Ambas terão capacidade de 180 mil metros cúbicos por ano, e vão custar entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões. A inauguração da unidade da Sudati, em Otacílio Costa, está prevista para maio de 2008. No mês seguinte, entra em operação a Guararapes, em Caçador. A Berneck Aglomerados vai para a mesma região, mas não revela município nem valores envolvidos.

No Rio Grande do Sul, o governo criou, em 2004, o Programa de Financiamento Florestal Gaúcho (Proflora). O prazo de pagamento dos empréstimos é de 12 anos, e o produtor pode começar a pagar oito anos depois de obter o crédito.

A meta de induzir o plantio de 120 mil hectares até 2006 foi atingida: o estado plantou 35 mil hectares em 2005 e 90 mil em 2006. No ano passado, ficou atrás só de Minas Gerais (145 mil hectares) no ranking de novos plantios.

A expansão atraiu a Aracruz Celulose – que vai se instalar na Grande Porto Alegre, investindo R$ 2,7 bilhões na fábrica e no plantio e compra de florestas –, a sueco-finlandesa Stora Enso (R$ 3 bilhões) e a Votorantim Celulose e Papel (R$ 3,7 bilhões). As duas últimas vão se instalar na Metade Sul, não muito longe das fronteiras com Uruguai e Argentina.

Estima-se que 40 mil empregos já tenham sido criados. As três gigantes devem plantar 160 mil hectares de florestas comerciais em dez anos. Nesse período, contando com as novas plantações de outras empresas e as financiadas pelo Proflora, a área cultivada no estado pode chegar a 1 milhão de hectares, quase três vezes a área atual. (FJ)

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