As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta pelo quarto dia seguido nesta quinta-feira, com a ação coordenada de bancos centrais aliviando temores de que o setor financeiro da Europa esteja caminhando para um congelamento do crédito, devido à crise da dívida soberana da região.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 1,66 por cento, para 11.433 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,34 por cento, para 2.607 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,72 por cento, para 1.209 pontos.
Ações do setor financeiro tiveram um rali, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar planos, em conjunto com outros importantes bancos centrais, para oferecer empréstimos em dólar com prazo de três meses a instituições da zona do euro.
As ações de bancos, que tem figurado entre as mais golpeadas pelas preocupações de dívida, tiveram desempenho superior às de outros setores.
O índice financeiro do S&P saltou 2,6 por cento, e o industrial teve avanço de 1,9 por cento. A ação do Bank of America subiu 4 por cento. Os papéis da General Electric apuraram ganho de 2,8 por cento.
"O ponto principal é que a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e as nações industrializadas estão tentando convencer o mercado de que o euro está aqui para ficar, que a zona do euro não vai desintegrar e que a Grécia provavelmente evitará um default", disse o economista-chefe de mercado na Rockwell Global Capital, Peter Cardillo, em Nova York.
Embora o S&P 500 ainda acumule queda de 10 por cento desde 22 de julho, o índice já teve valorização de 4,8 por cento nesta semana e está a caminho de registrar maior ganho percentual semanal desde o início de julho.
A ação dos bancos centrais ofuscou relatórios mais fracos sobre a economia norte-americana. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos atingiram o maior nível desde junho na semana passada e a atividade manufatureira de Nova York encolheu em setembro, sustentando a ideia de que o Federal Reserve tomará novas medidas para estimular o crescimento da economia .