O forte aumento de juros promovido pelo Banco Central a partir da reeleição de Dilma Rousseff parece estar começando a fazer efeito, pelo menos sobre as expectativas para a inflação do ano que vem.
Em seu conjunto, os bancos e consultorias ouvidos semanalmente pelo Banco Central ainda projetam inflação de 5,5% ao fim de 2016, 1 ponto porcentual acima do nível que o BC diz perseguir, de 4,5%. Mas a “elite” do levantamento Focus promoveu uma forte revisão em suas projeções.
A previsão mediana do “Top 5” – grupo das cinco instituições que mais acertam previsões de médio prazo – para o IPCA do próximo ano despencou de 6% para 5,21% em apenas uma semana.
A redução provavelmente tem relação não só com a sexta alta seguida da taxa Selic, há duas semanas, quando o BC levou o juro básico a 13,75% ao ano, mas também com a sinalização de que o aperto não deve parar por aí, apesar dos reiterados indícios de retração na economia.