A julgar pelas projeções do mercado financeiro, o que não vai faltar na temporada eleitoral de 2010 são aumentos de juros. Diversas instituições financeiras preveem uma sucessão de aumentos de 0,5 ou 0,75 ponto porcentual em quase todas as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) até 3 de outubro, quando os brasileiros votarão no primeiro turno. E há projeções de mais elevações da Selic, estendendo-se até janeiro de 2011.

CARREGANDO :)

Entre os bancos ouvidos pelo Estado, as estimativas de alta da Selic a partir da reunião de março ou abril até seu ponto máximo (em alguns casos, depois da eleição) variam de dois a quatro pontos porcentuais, o que levaria a taxa, hoje em 8,75%, para 10,75% ou 12,75%. Haverá cinco reuniões do Copom até o início de outubro, e quatro das cinco instituições ouvidas preveem aumentos em quatro delas. A quinta, o Banco Santander, projeta altas em todas.

A visão majoritária no mercado é de que a economia brasileira está crescendo a uma velocidade bem acima do seu "potencial", ou ao ritmo máximo em que pode se expandir sem provocar pressões inflacionárias.

Publicidade

"Estamos crescendo de 1,5% a 2% por trimestre, ou 6% a 8% anualizados, inegavelmente acima do PIB potencial - tem de desaquecer para não gerar inflação", diz Alexandre Pavan Póvoa, diretor executivo do Modal Asset Management. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.