Analistas reduziram em mais de US$ 14 o barril suas estimativas para o preço do petróleo nos EUA em 2009, para uma média de US$ 58,48, conforme a recessão enfraquece a demanda pelo combustível em todo o mundo, segundo pesquisa da Reuters nesta terça-feira.
A projeção dos preços do petróleo caiu em quase US$ 60 nos últimos cinco meses, mas analistas ainda vêem os preços subindo no começo do próximo ano em relação às mínimas de 2008, que ficaram abaixo de US$ 40 o barril.
A projeção unânime para os preços do petróleo vê uma média de US$ 49 o barril no primeiro trimestre de 2009, contra US$ 64,57 previstos na pesquisa do mês passado, após analistas moderarem suas expectativas sobre a recuperação dos preços.
A sondagem estima para o contrato referencial do Brent europeu em 2009 uma média de US$ 57,21.
Quando o petróleo atingiu um recorde acima de US$ 147 o barril, em julho, analistas esperavam uma média de quase US$ 116 para o produto norte-americano em 2009, mostrou a pesquisa da Reuters.
A Goldman Sachs era o banco mais otimista com relação aos preços, projetando antes uma média de US$ 148 o barril para o petróleo dos EUA no ano que vem. A instituição mais tarde cortou em 103 dólares essa mesma previsão, para 45 dólares o barril.
"Nós acreditamos que a acentuada deterioração da demanda deve continuar, os preços no mercado à vista provavelmente permanecerão sob pressão significante e podem cair ainda mais para provocar uma redução na oferta", informaram analistas da Goldman Sachs.
De 30 profissionais consultados, 23 diminuíram seus prognósticos desde a última pesquisa da Reuters, em 25 de novembro.
Uma consideração crucial feita pelos analistas foi o impacto que os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terá nos preços.
"O cartel da Opep continua influenciando o mercado com vibrações positivas sobre sua futura produção, enquanto os baixistas do complexo estão de olho na frágil projeção de demanda por petróleo na bacia asiática", disse Robert Laughlin da MF Global.
A Opep reduziu cerca de cinco por cento das ofertas mundiais para conter um colapso na demanda. Na semana passada, o grupo decidiu por um corte sem precedentes de 2,2 milhões de barris por dia.
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