A Triunfo Participações e Investimentos e a LOGZ Logística Brasil desistiram de construir um terminal privado para grãos, líquidos e contêineres em Paranaguá. As sócias não conseguiram levantar dinheiro para o projeto, segundo o jornal “Valor Econômico”.
O empreendimento, chamado Terminal de Logística Integrada do Paraná (Terlip), era estudado desde 2013, pelo menos, quando a Triunfo e a LOGZ criaram a sociedade. O terminal multiuso ocuparia uma área de 2 milhões de metros quadrados numa região conhecida como Embocuí, a oeste do Porto de Paranaguá.
Veja onde seria construído o porto privado
Considerado ideal para operação de contêineres pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Paranaguá (PDZPO), o local foi liberado para o uso privado depois de o governo federal alterar, em 2016, o traçado das poligonais dos portos de Paranaguá e Antonina.
O custo do Terlip passava de R$ 200 milhões. O cronograma previa obras a partir deste ano e início das operações em 2019. Na primeira fase, o terminal movimentaria granéis sólidos, com possibilidade de operar contêineres e líquidos no futuro.
A Terlip tinha a opção de compra do terreno no Embocuí, mas decidiu não exercê-la, conforme a reportagem. Consultadas pelo “Valor”, a LOGZ atribuiu a desistência a “dificuldades de mercado” e a Triunfo, a “razões macroeconômicas”.
As duas empresas têm experiência no setor. A LOGZ é sócia de portos como o de Itapoá (SC) e o Terminal de Santa Catarina (Tesc), em São Francisco do Sul. A Triunfo tem participação no Portonave, em Navegantes (SC).
Outros projetos
Outros portos em estudo para o litoral paranaense são o terminal de contêineres Porto Pontal, da JCR Participações, em Pontal do Paraná, na entrada da baía de Paranaguá; e o Novo Porto, para contêineres e granéis líquidos, empreendimento da família Cattalini nas regiões do Embocuí e Emboguaçu, em Paranaguá.