Curitiba Dos 8 mil doutores formados nas universidades brasileiras, 70% permanecem na carreira acadêmica. Com o intuito de reverter esse quadro e aproximar as universidades do mercado de trabalho, a Academia Paranaense dos Doutores para o Desenvolvimento promove hoje o encontro "Doutores Atuando nas Empresas: apresentação do modelo francês".
A palestra será ministrada pela diretora da Associação Bernard Gregory (ABG), da França, Marie-Grabielle Schweighofer. No evento, será assinado um termo de cooperação técnica entre a academia e a ABG para a troca de informações entre as instituições. "É a melhor associação do mundo em integração entre empresas e doutores", afirma Gina Paladino, diretora da academia paranaense um projeto do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em parceria com o Instituto Paraná Desenvolvimento (IPD).
Segundo estimativa do Ministério da Educação, o Brasil deve dobrar o número de doutores em cinco anos serão 15 mil por ano até 2010. "Hoje a grande maioria dos doutores segue carreira acadêmica. Esse percentual deve cair nos próximos anos e mais profissionais devem atuar em empresas", afirma Gina. A cooperação com a associação francesa, diz ela, é fundamental para isso. A ABG tem convênios com todos os cursos de doutorado da França e um banco de cerca de 750 oportunidade de emprego.
O trabalho de Milton Pires Ramos, doutor em Inteligência Artificial, é um bom exemplo de aplicabilidade de conhecimento acadêmico nas organizações. Ele trabalha no Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), onde é gerente da unidade de desenvolvimento de pesquisa em inteligência artificial. Um dos projetos desenvolvidos por Ramos é um sistema que controla a corrosão em plataformas da Petrobrás. "Adquirimos o conhecimento dos especialistas que trabalham na área e desenvolvemos uma máquina que consegue fazer o mesmo trabalho", explica.
O professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Vanderlei Veiga, doutor em Física, defende que o Brasil ainda não descobriu o potencial que a contratação de profissionais com formação acadêmica pode trazer à inovação tecnológica das empresas. "É preciso aproximar a pesquisa do mercado. Não adianta produzir conhecimento sem se preocupar com sua aplicação", defende. Veiga é coordenador do Portal de Relacionamento da UFPR, que tem como objetivo realizar parcerias com empresas para a disseminação das pesquisas realizadas.
Serviço "Doutores Atuando nas Empresas: apresentação do modelo francês." Hoje, às 17 horas no Cietep. Entrada gratuita. Mais informações: (41) 3350-7880.
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