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O projeto Porto Sem Papel também vai tirar um atraso de pelo menos 50 anos no país. Ao custo de R$ 30 milhões a unidade, devem ser instalados a partir de 2011 os três primeiros radares de rastreamento do movimento de navios nos portos em Santos, Rio de Janeiro e Rio Grande (RS). A exemplo do que ocorre com aviões, esse sistema monitora onde estão os navios de grande e pequeno portes. Até hoje o Brasil nunca teve nada semelhante e, na prática, a aproximação das embarcações ainda é feita às cegas.

"Essa situação é um descalabro, pois esse sistema existe nos principais portos do mundo há décadas", lembra Milton Teixeira Tito, presidente do Sindicato das Agências de Navegação do Rio de Janeiro.

Além disso, o governo quer instalar o sistema eletrônico de acompanhamento de carga, que tornará o transporte de mercadorias mais seguro. Já usado por grandes empresas, o sistema permitirá o registro dos produtos movimentados. Poderá ajudar a reduzir ainda mais o tempo do produto no porto.

"Hoje, a Anvisa só atua depois da fiscalização do Ministério da Agricultura e a Receita, só quando as duas encerram o trabalho. Com o sistema, ficará mais fácil controlar o conteúdo de cada contêiner", diz Luiz Fernando Resano, da SPE, coordenador do projeto Porto Sem Papel.

Com menos tempo de navios esperando, o comércio exterior também ficará mais barato: a diária de um navio no porto varia de US$ 50 mil a US$ 100 mil.

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