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Computação

Projetos de Recife vencem etapa brasileira da Copa

Estudantes da UTFPR: sistema facilita o gerenciamento de pequenos negócios | Divulgação
Estudantes da UTFPR: sistema facilita o gerenciamento de pequenos negócios (Foto: Divulgação)

Um sistema capaz de monitorar sinais vitais de pacientes e uma plataforma educacional foram os projetos vencedores da final brasileira da Copa do Mundo de Com­­­putação (Imagine Cup 2011), promovida pela Microsoft na última quarta-feira em Curitiba. Eles participam agora da final mundial, que acontece entre 8 e 13 de julho em Nova York, e concorrem a prêmios que vão de US$ 5 mil a US$ 25 mil.

Os dois projetos vencedores são de estudantes de Recife (Per­nambuco). A competição tem, ao todo, cinco categorias principais e quatro avançadas. No evento brasileiro foram eleitos os projetos vencedores de apenas duas categorias principais. A equipe Level­UP foi a ganhadora da categoria "Projeto de Software" com o Edu­Academy, uma proposta de plataforma educacional, baseada na computação em nuvem, para auxiliar educadores através de softwares de uso específico em sa­­la de aula. A outra equipe, Embed­ded Braim, foi a vencedora da categoria "Sistemas Embarcados" com o 1stCareTaker. O projeto é um sistema capaz de monitorar sinais vitais de pacientes que fi­­cam nos corredores de hospitais, por exemplo, onde os equipamen­tos médicos tradicionais dificilmente podem ser instalados.

Paraná

Entre os finalistas dessa categoria estava uma equipe do Paraná. Os estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) criaram o Vesum – um sistema que visa facilitar a gestão financeira do pequeno empreendedor. "É uma ferramenta completa, pela qual ele tem, de maneira simples, onde armazenar os dados da sua empresa e, com isso, gerar gráficos, fazer uma análise de todo o controle mínimo que a empresa precisa para ter sucesso", afirma o estudante Renato Gasoto, um dos responsáveis pelo projeto.

Uma das exigências da Mi­­crosoft é que os projetos atendam a um dos oito objetivos do milênio definidos pela ONU. De acordo com o estudante Caio Nishibe, a equipe optou pela meta de combate à pobreza. Ele afirma que a proposta é a de beneficiar as pessoas que realmente mais precisam. "O que a gente espera é que os usuários sejam as manicures, os salões de beleza e o pipoqueiro, por exemplo. Até empresas de uma pessoa que não têm nem tempo de vender direito e muito menos de fazer a gestão". Também participaram do projeto os estudantes Dayanna Salles e Luís Men­des e o professor Paulo Cézar Stadzizs, orientador da equipe.

Os paranaenses ficaram em terceiro lugar na categoria "Sis­temas Embarcados". O estudante Iury de Melo Pereira, um dos responsáveis pelo projeto vencedor na mesma categoria, o 1stCareTaker, afirma que um dos diferenciais da proposta foi o baixo valor gasto. Enquanto o Vesum tem um custo de US$ 200, o projeto pernambucano custa US$ 47. "Ele foi voltado para a área de saúde, que é uma área bastante defasada. E isso é um pouco arriscado", avalia Iury.

O segundo lugar em "Sistemas Embarcados" ficou com o projeto ProEnergy, da equipe Proativa (Recife). Os estudantes propuseram um sistema barato de aproveitamento de energia solar para geração de energia elétrica. Já na categoria "Projeto de Software", o terceiro lugar foi para a equipe Utopians, de Belo Horizonte (MG). O projeto Don8 consiste numa forma de interligar diversas ONGs para que atuem colaborativamente. O projeto TWater, da equipe TechUP (Recife), ficou em segundo lugar e trouxe uma solução para economizar água através do controle de fluxo de uma residência.

Para a gerente de programas acadêmicos da Microsoft do Brasil, Marinês Gomes, o destaque pernambucano no evento se deveu, principalmente, ao interesse dos estudantes em participar da Copa e ao incentivo dos que representaram o estado nordestino em outras edições. "Eles viam os colegas deles participando e sabem que isso é legal, que o resultado para eles é muito bom. Os antigos participantes, hoje, acabam sendo mentores dos novos", comenta. Segundo Ma­­rinês, os projetos brasileiros inscritos nas demais categorias se­­guem direto para as seletivas do evento mundial.

Ao todo, o país teve cerca de 47 mil inscritos na Imagine Cup 2011, ficando atrás apenas da Índia, que teve aproximadamente 80 mil inscritos.

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