O promotor Frédéric Fèvre pediu nesta terça-feira a absolvição pura e simples de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), julgado em um tribunal da cidade francesa de Lille por um caso de proxenetismo junto a outras 13 pessoas.
"Nem a informação judicial, nem a audiência permitiram estabelecer a infração de proxenetismo agravado para Strauss-Kahn", declarou Fèvre, ao concluir sua alegação final.
Na véspera, dois advogados de autores da ação judicial contra Strauss-Kahn, que representam quatro ex-prostitutas no processo, anunciaram que iriam retirar suas queixas de delitos sexuais contra o denunciado, sofrendo uma reviravolta no julgamento.
"As Equipes da Ação contra o Proxenetismo retiram sua acusação contra Dominique Strauss-Kahn", declarou ante o tribunal de Lille o advogado da associação, David Lepidi.
Gilles Maton, o advogado que defende as quatro prostitutas envolvidas no caso, duas das quais também processavam DSK, também anunciou que elas vão abandonar as acusações contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional.
Strauss-Kahn, de 65 anos, se apresenta desde 2 de fevereiro a um tribunal de Lille junto com outros 13 acusados de proxenetismo com agravantes, um crime passível de ser punido com 10 anos de prisão. DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington, embora ele negue ter conhecimento que as mulheres eram prostitutas.
O político que foi durante muito tempo o favorito das pesquisas de opinião para as eleições presidenciais francesas de 2012, manteve durante todo o processo a mesma linha de defesa, de que é adepto de festas libertinas, mas não de prostitutas.
Perante o tribunal, ele declarou inocência e disse não ter cometido "nem crime, nem delito".
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