A proposta sobre o novo marco regulatório do petróleo do pré-sal será divulgada na próxima segunda-feira, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento em São Bernardo do Campo.

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O presidente lembrou que 71 por cento do pré-sal ainda não foi licitado, e que o governo quer aproveitar os recursos petrolíferos para, não somente realizar investimentos no social, mas também fomentar o desenvolvimento tecnológico e econômico.

"Não é que o governo vá ficar com 71 por cento do pré-sal. Eu quis dizer que 29 por cento já foram licitados nas regras antigas. Então, o que vai entrar na nova regulamentação é 71 por cento", disse Lula em evento nesta terça-feira, corrigindo afirmação feita mais cedo, de que "71 por cento serão partilha para a União".

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Segundo um assessor da Presidência, os recursos para o fundo social serão provenientes da parte que caberá à União dentro desses 71 por cento.

"Ou seja, a União vai depositar esse dinheiro num fundo, para a gente resolver três problemas crônicos: investimento em educação, investimento em ciência e tecnologia e investimento para combater a pobreza no país", declarou o presidente no primeiro evento.

O governo ainda avalia, segundo entrevista do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, à Reuters, se recolherá royalties do petróleo do pré-sal.

Saldo Tecnológico

"Queremos aproveitar o pré-sal para dar um avanço tecnológico extraordinário. O pré-sal é a hora e a vez de deixar de ser o país do futuro e ser o país de agora", declarou o presidente.

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Lula disse que o governo quer atrair investidores "de dentro e fora do país" para a formação de uma grande plataforma exportadora de derivados.

"A gente não pode ficar tirando petróleo e vendendo como se faz, primeiro queremos exportar derivados de qualidade, queremos fazer um grande pólo petroquímico do pré-sal", afirmou em discurso de cerca de 50 minutos, em um segundo evento na cidade do ABC paulista.

"Vamos precisar de plataformas, sondas, o complexo petroquímico, um enorme contingente de mão-de-obra será convocado, e queremos que comporte o nacional (a tecnologia e mão-de-obra)", completou o presidente.