No norte paranaense, os produtores rurais que protestam contra a política agrícola trocaram o bloqueio de rodovias por uma nova estratégia. Agora os agricultores estão barrando portas e impedindo o funcionamento de 11 agências do Banco do Brasil. Ontem o movimento bloqueou as agências de Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Ibiporã, Sertanópolis, Jataizinho, Primeiro de Maio, Jaguapitã, Centenário do Sul e Alvorada do Sul. Em Apucarana, ontem, agricultores empilharam sacas de aveia nas portas de acesso ao Banco do Brasil e impediram a entrada de clientes. Tratores foram estacionados em cima da calçada e na rua. A mobilização será mantida até quinta-feira, dia 25, quando o governo federal anuncia um novo pacote para o setor e o plano safra 2006/2007. O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Apucarana, Claudomiro Rodrigues da Silva, disse que o objetivo da mobilização é sensibilizar o governo federal, para as dificuldades dos agricultores. "Apesar dos inconvenientes e dos meios utilizados, é preciso ficar claro que não desejamos prejudicar ninguém", frisou Silva.
Uma reunião hoje em Londrina decide se o fechamento de agências do Banco do Brasil continua. O Núcleo de Comunicação do Banco do Brasil no Paraná, sediado em Curitiba, confirmou que 11 agências funcionaram de maneira precária no dia de ontem. "Nestas agências houve apenas expediente interno e, a partir de hoje, vamos aguardar qual será o desfecho do movimento", afirmou um assessor de comunicação do banco.
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