A Petrobras reduziu na quinta-feira em 74 por cento a extração de petróleo em um campo operado pela estatal brasileira na Amazônia equatoriana, por causa do segundo dia consecutivo de protestos dos moradores da região, que exigem dinheiro para projetos sociais.
A produção do chamado Bloco 18 caiu de 36 mil para 9.360 barris por dia, segundo relato da empresa ao Ministério de Energia do Equador.
Os manifestantes, que na quarta-feira foram desalojados por militares do terreno da empresa, bloquearam as vias de acesso aos poços, disse a Petrobras no documento obtido pela Reuters.
A empresa não conseguiu retirar parte dos seus funcionários por causa do bloqueio também das vias secundárias que ligam o bloco de exploração às aldeias próximas. Militares protegem as instalações contra eventuais atos de violência.
O vice-ministro de Energia, Jorge Albán, disse que o governo, a Petrobras e os moradores iniciaram um processo de diálogo. A Petrobras está entre os maiores operadores do setor no Equador, quinto maior produtor de petróleo da América do Sul, com 530 mil barris diários.