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Crise europeia

Protestos na Alemanha aumentam pressão sobre Merkel

Dezenas de milhares de pessoas protestaram na Alemanha neste sábado contra as políticas do governo e a desigualdade social. As manifestações em diferentes cidades ocorrem um dia antes do encontro da Democracia Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel.

A central sindical alemã DGB, que organizou as manifestações, afirmou que cerca de cem mil pessoas participaram de passeatas em Stuttgart, Dortmund, Nuremberg e Erfurt, protestando contra a coalizão de governo por querer descarregar neles o custo da crise financeira.

"Não queremos uma república na qual interesses poderosos decidam com o seu dinheiro, poder e influência a linha política," afirmou o sindicalista Berthold Huber para os manifestantes em Stuttgart. Ele reivindicou salários mais altos a adoção de um salário mínimo obrigatório.

A coalizão de centro-direita de Angela Merkel tem sido criticada por não cumprir as suas promessas de campanha, o que tem levado a uma queda de popularidade.

Não há dúvidas que os delegados do CDU votarão para reeleger a chanceler como a líder do partido no encontro desta segunda, mas uma queda no apoio a Merkel mostraria o grau de insatisfação do partido com ela.

Alguns integrantes do partido têm criticado Merkel por ela não estar sendo conservadora o suficiente.

A Alemanha sofreu em 2009 a sua pior recessão pós-guerra, mas se recuperou com força neste ano, por conta das exportações.

Merkel está sob pressão dos seus parceiros de coalizão para cortar impostos, medida prometida durante a eleição, mas o governo foca agora em consolidar o orçamento.

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