O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) Helder Queiroz, minimizou nesta quinta-feira, 17, o impacto dos protestos de petroleiros, em greve desde a madrugada de hoje. A categoria quer a suspensão do primeiro leilão do pré-sal, da área de Libra. Queiroz disse que as manifestações são "um movimento legítimo da sociedade", feito de forma democrática".

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O diretor disse que foi do governo a decisão de destacar o Exército para garantir a segurança do leilão. Queiroz lembrou que o País passa por um ambiente agitado por causa dos protestos de rua, dando ênfase aos protestos no Rio de Janeiro.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, disse hoje que a área de Libra poderá ter pico de produção de 1,4 milhão de barris por dia. Para efeito de comparação, ela lembra que a produção nacional brasileira soma atualmente quase 2 milhões de barris/dia em média. Magda lembrou ainda que Libra pode demandar entre 12 e 18 plataformas e de 60 a 90 barcos de apoio. Ela participou da cerimônia de posse do diretor Waldyr Barroso na ANP.

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Os trabalhadores da Petrobras iniciaram uma greve geral que interrompe, segundo a Frente Única dos Petroleiros (FUP), a produção em plataformas, refinarias, terminais e sedes administrativas da estatal em todo o País. Segundo a FUP, 39 plataformas da Bacia de Campos, responsável por 80% da produção da Petrobras, aderiram ao movimento. A produção está parada em 15 delas, segundo os sindicalistas. A principal reivindicação dos grevistas é a suspensão do leilão daquilo que é considerado um dos maiores reservatórios de petróleo do mundo, a área do pré-sal.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje que, atualmente, o campo de Libra é o maior campo descoberto no mundo. Questionado sobre se algo poderia adiar o calendário, Lobão disse que o leilão "está posto" para a próxima segunda-feira, 21, "e será realizado".