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Reposicionamento

Providência deixa linha de embalagens

Após adaptações contábeis e financeiras que precederam a abertura de capital, a Companhia Providência Indústria e Comércio anuncia agora uma mudança estrutural. A linha de embalagens plásticas, atividade original da empresa fundada em 1963 para atender a indústria de alimentos, será desativada no dia 30 de setembro.

Dos cerca de 120 funcionários, 30% serão reaproveitados na produção de nãotecidos (matéria-prima de absorventes, fraldas e roupas médicas) e tubos e conexões em PVC, na fábrica que funciona em São José dos Pinhais. Os demais serão demitidos. As embalagens são produzidas em unidade no bairro curitibano do Parolin. A interrupção da atividade já era prevista no processo de venda da empresa, celebrada em outubro de 2006, e no preparo para a abertura de capital, que ocorreu no dia 27 de julho deste ano com a captação de R$ 451,7 milhões. De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), "faz parte da estratégia da Companhia focar suas atividades nos seus principais negócios". A decisão deve envolver a venda dos equipamentos, maquinário e instalações. Em 2006, o faturamento líquido da divisão de embalagens foi de R$ 17,9 milhões, ou 3,6% do valor global. A linha de tubos de PVC, que surgiu em 1978 e alcançou espaço no mercado com a marca Provinil, representa cerca de 20% das receitas.

Em 1988 a Providência entrou para o ramo de nãotecidos, que lhe trouxe liderança e valor de mercado e em 2006 representou 76% do faturamento. Pioneira na América Latina, batizou seu produto de Kami e alcançou ganhos de escala com investimentos em tecnologia e novas linhas de produção.

No primeiro semestre do ano, a receita bruta das três linhas de produtos foi de R$ 239,6 milhões, queda de 16,8% ante o resultado do primeiro semestre do ano passado. O lucro despencou de R$ 62,3 milhões para R$ 502 mil. "A valorização do real e a queda no preço do produto prejudicaram as vendas externas, destino de mais de 40% do nãotecido produzido", explica o gerente financeiro do grupo, Valerí Sberse. O preço do nãotecido caiu 3,5% no segundo trimestre.

A empresa também desembolsou valores não recorrentes no primeiro semestre para financiar a abertura de capital no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo. Esses gastos elevaram as despesas administrativas e com vendas em 38,8% no segundo trimestre.

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