O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou, através de um editorial publicado na página da legenda, o aumento da Selic, a taxa básica de juros nacional, anunciada pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (18). Por unanimidade, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) decidiu elevar a Selic em 0,25%, deixando a taxa em 10,75% ao ano. Esse foi o primeiro aumento na taxa desde agosto de 2022.
"O Banco Central chefiado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto decidiu desferir um golpe inédito contra a economia brasileira", diz a nota publicada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A legenda também chamou o aumento de um "ataque à economia" e afirmou que a decisão foi um "movimento para satisfazer o apetite voraz do capital financeiro, em detrimento do desenvolvimento do país".
O PT condenou ainda o fato do Banco Central ter ido na direção oposta do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Durante a manhã de quarta, o organismo anunciou um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros do país, passando da faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, para 4,75% a 5% ao ano. Foi o primeiro corte desde março de 2020.
O partido chamou a decisão ainda de "clara sabotagem da autarquia ao crescimento econômico do país". "Para o BC, às favas com a necessidade de reindustrialização do país e a geração de empregos, uma das missões institucionais da autarquia. Vale tudo para manter o país com a segunda maior taxa de juros real do planeta", diz o texto. (Leia a nota na íntegra abaixo)
A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffman, foi às redes sociais para criticar o aumento da Selic. "Além de prejudicar a economia, vai custar mais R$ 15 bi na dívida pública. Dinheiro que sai de educação, saúde, meio ambiente para os cofres da Faria Lima. Não temos inflação que justifique isso", escreveu em um post na plataforma BlueSky.
Em nota justificando a decisão, o Banco Central afirmou que "conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo". Também justificou que a decisão "é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante".
PT condena decisão do Banco Central em elevar taxa Selic em 0,25% ao ano
No mesmo dia em que os Estados Unidos promoveram o primeiro corte nos juros no país em quatro anos, de 0,50%, o Banco Central BC) chefiado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto decidiu desferir um golpe inédito contra a economia brasileira. Nesta quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic, dos já inacreditáveis 10,50%, para 10,75%, em um movimento para satisfazer o apetite voraz do capital financeiro, em detrimento do desenvolvimento do país. Trata-se da primeira alta desde agosto de 2022.
De acordo com o comunicado que se seguiu à decisão, a economia brasileira, por ser caracterizada por um quadro de ”resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”. Mais???
Ainda segundo o Copom, “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.
O recado é claro: para o BC, às favas com a necessidade de reindustrialização do país e a geração de empregos, uma das missões institucionais da autarquia. Vale tudo para manter o país com a segunda maior taxa de juros real do planeta.
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