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O Fórum Econômico Mundial, em Davos | FABRICE COFFRINI/AFP
O Fórum Econômico Mundial, em Davos| Foto: FABRICE COFFRINI/AFP

O Brasil caiu na lista de prioridades de investimentos dos executivos globais, segundo uma pesquisa divulgada pela PwC, que tradicionalmente antecede o início oficial do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Nesta 20ª edição da pesquisa, o Brasil aparece em sétimo lugar (com 7% das respostas) quando os CEOs são perguntados sobre quais mercados consideram mais importantes para as perspectivas de crescimento das suas empresas nos próximos 12 meses. Na edição anterior, o Brasil estava em sexto lugar (com 8%).

“O Brasil caiu no ranking e está lutando com uma profunda recessão, apesar de estar começando a se recuperar”, diz o relatório da PWC. A pesquisa ouviu 1.379 executivos de 79 países, em dezembro do ano passado. Nos últimos dois anos, a liderança ficou os Estados Unidos, que em 2017 apareceu em 43% das respostas.

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No resultado geral, 29% dos executivos acreditam que a economia global vai melhor nos próximos 12 meses, contra 53% que acham que vai continuar igual e 17% que creem em piora. Já considerando apenas os brasileiros, 43% esperam melhora no mundo, 52% continuidade e apenas 5%, piora.

Em relação às perspectivas para a própria companhia ao longo do próximo ano, no mundo 38% estão “muito confiantes”, 47% “um pouco confiantes”, 13% “não muito confiantes” e 2% “nem um pouco confiantes”. No Brasil, 57% estão “muito confiantes”, 40% “um pouco confiantes” e 2% “nem um pouco confiantes”.

Entre as principais preocupações citadas pelos executivos brasileiros estão: regulamentação excessiva (mencionada por 42%), crescimento econômico incerto (34%), volatilidade cambial (31%) e incerteza geopolítica (31%). No mundo, os maiores receios são com: crescimento econômico incerto (49%), instabilidade social (44%) e incerteza geopolítica (43%).

Além disso, a pesquisa entrevistou mais profundamente 20 CEOs, entre eles o líder do Santander no Brasil, Sérgio Rial. Na conversa, ele diz que os executivos atuais precisam saber lidar com “polarização”. “O cliente quer um produto de qualidade a um custo acessível, com transparência e uma história que seja consistente com os melhores valores da sociedade. Já os acionistas querem o melhor e mais rápido retorno de um produto, com melhor otimização do capital. Esses são os conflitos que criam valor e geram progresso e que não são necessariamente excludentes”, afirma ele no relatório.

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