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Rafael Colatusso e a noiva, Ana Luisa: ele é um entusiasta do aprendizado on line; ela não suporta a idéia | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Rafael Colatusso e a noiva, Ana Luisa: ele é um entusiasta do aprendizado on line; ela não suporta a idéia| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

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Algumas opções de redes sociais (do tipo Orkut) em que o usuário pode aprender outros idiomas sem gastar nada.

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Redes sociais tomam espaço de escolas

Emily Schrynemakers tem 18 anos, mora em Nova York e fala português fluentemente. Se não fosse pela pronúncia excessivamente aberta do "e" em algumas palavras, seria difícil notar que ela não nasceu no Brasil. Muito menos que só esteve no país por nove dias e que teve apenas sete aulas "tradicionais" de português em toda a sua vida.

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Fórmula já chegou até a academia

Aprender idiomas em redes sociais não é uma novidade restrita a ratos de computador. A idéia de fazer intercâmbio entre alunos por meio da internet já chegou à academia, como mostra o projeto Teletandem Brasil (www.teletandembrasil.org), da Unesp de Assis e São José do Rio Preto.

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Um curso de línguas totalmente adaptado à sua disponibilidade de horários e que traga o resultado que você espera. Esse é o sonho de qualquer profissional que esteja precisando aprender uma língua estrangeira. Os cursos de línguas pela internet podem ser uma saída para essas pessoas, porém são uma quebra de paradigma educacional, por isso nem todos estão prontos para eles. O aprendizado de línguas pela internet exige um perfil específico do aluno.

"São pessoas com o hábito do auto-estudo e que sejam organizadas e disciplinadas, além de serem dispostas. Geralmente são pessoas já inseridas na cultura da era da informação", avalia Aida Qaddomi, gestora de processo e projetos da Netlinguae, empresa voltada para comunicação profissional, focada no business language. A escola onde Aida trabalha alia aulas pela internet com aulas presenciais.

Rafael Luiz Colatusso trabalha em telecomunicações e passa a maior parte do seu tempo em frente ao PC. "Para mim, lazer e trabalho estão no mesmo lugar", conta. Por causa da falta de tempo, Rafael escolheu estudar francês pelo computador. Não é a primeira vez que ele se arrisca nos cursos virtuais: ele já tentou com o inglês, mas acabou aliando os estudos e leituras pela net a um professor particular. "Como levo o francês de uma forma mais lenta, acredito que o programa ainda é a melhor opção", afirma. A opção do Rafael foi o Rosettastone, um site que permite fazer o download de um software com as lições, baseadas em associações visuais. "Foi a metodologia a que eu melhor me adaptei", fala. Isso porque Rafael já tentou cursar outros sites, sem muito sucesso. O problema, segundo ele, foi a falta de supervisão de um professor. "É possível fazer um curso on line, mas é preciso disciplina para levar as aulas e tarefas", analisa.

O que não funciona muito para um é a opção ideal para outro. "Não volto a fazer aula presencial de forma alguma. Para mim isso não existe mais", fala a professora de Educação Física Rosemary Rauchbach. Depois de anos em escolas convencionais, Rosemary optou por fazer um curso totalmente on line. "Escolhi essa maneira de estudo por causa do tempo que economizo com os deslocamentos e a flexibilidade de horários. Eu não vejo desvantagens", afirma.

O vice-presidente do site Englishtown, Julio De Angeli, afirma que atualmente cerca de 25 mil alunos estão matriculados no seu site para o curso on line de inglês. "O Brasil é o segundo maior mercado em número de alunos e faturamento, perdendo apenas para a China", afirma. O site, que está presente em 120 países, veio para o Brasil em 2001 e é baseado em três pontos- chave: ferramentas de auto-estudo, interação entre alunos e aulas com professores. "Ainda estamos engatinhando. O próximo passo é oferecer aulas em vídeo", planeja Angeli. Apesar do grande número de alunos, Angeli concorda que é apenas uma pequena porcentagem que alcança a fluência em inglês. "A grande maioria, cerca de 60%, alcança seus objetivos pessoais, que nem sempre são alcançar o máximo de aperfeiçoamento na língua", esclarece.

As desvantagens desse tipo de aprendizagem estão relacionadas com o perfil do aluno. "Pessoas que se mantém presas ao papel e caneta terão dificuldades de levar o curso adiante", avalia Aida Qaddomi. "De cada 100 pessoas que testam o serviço do site, cerca de 30 não conseguem seguir com o curso", completa Angeli, do Englishtown.

É o caso da psicóloga Ana Luisa Testa, noiva do "internético" Colatusso. Ela já tentou estudar alemão pela internet, mas não se adaptou. "Eu sinto falta da interação com as pessoas, na máquina é tudo muito previsível", explica. Ana já fez inglês por um longo período e até francês, e ambos os cursos foram presenciais. Mesmo usando o computador para tudo e até preferir mandar e-mail a telefonar, aprender uma língua on line é demais para ela.

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