Moto G4 está sendo vendido a partir de R$1.299| Foto: Divulgação

O Moto G, da Motorola – que agora pertence à chinesa Lenovo, é sempre bom lembrar – é um velho conhecido dos brasileiros. A popular linha de aparelhos intermediários ajudou a empresa a ganhar terreno no país nos últimos anos, a ponto da Lenovo ser hoje a segunda colocada em vendas por aqui: responde por 19% do mercado, perdendo apenas para a Samsung, com 42% dos celulares vendidos, segundo dados da Gartner.

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Esse bom desempenho e a força da marca no país e em outros mercados ajudam a entender a ânsia da Lenovo em atualizar sua linha mais popular numa velocidade acima da média: o Moto G de terceira geração chegou ao mercado há apenas dez meses. Com a chegada do Moto G4 às lojas, mês passado, fica a pergunta óbvia: vale a pena trocar de versão?

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A principal – e bem-vinda – mudança da quarta geração é o design do aparelho, que chega mais fino e discreto do que o modelo antecessor, sem a curva proeminente que marcava a traseira dos aparelhos da linha. O G4 ganha, assim, o visual mais refinado e sutil entre todos os Moto G. O aumento do tamanho da tela também interfere na mudança, que neste caso não é meramente estética: são 5,5 polegadas com resolução Full HD de 1920x1080 (a versão do ano passado vinha com 5 polegadas e resolução HD de 1280x720).

Confira as principais especificações do Moto G4

Com um corpo maior, o aparelho também traz a tiracolo uma bateria mais potente, de 3.000 mAh, contra a de 2.470 mAh da versão anterior. Outro upgrade importante (embora não tão perceptível assim para o usuário) é o processador Qualcomm Snapdragon 617 com CPU octa-core de até 1,5 GHz – no modelo do ano passado o processador é um Snapdragon 410 com CPU quad-core de 1,4 GHz. A memória RAM é de 2 GB, mesma configuração disponível para a versão de 2015.

Veja detalhes do visual do novo Moto G

Esses números e especificações parecem grego? Em outras palavras, esse conjunto permite uma navegação fluida e rápida que, no caso do G4, não fica atrás de modelos mais caros de outras marcas. O celular oferece um desempenho bom o suficiente para que a experiência de “navegar” entre diferentes aplicativos e recursos ocorra sem lentidão ou travamentos.

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Câmera

Quanto ao conjunto de câmeras, o usuário vai encontrar poucas mudanças. A câmera frontal tem 13 MP e a traseira, 5 MP, mesma configuração do último modelo. A principal diferença é a inclusão do HDR automático – para balancear as imagens capturadas em ambientes com pouca luminosidade – e de um modo profissional, onde é possível regular ajustes como o ISO e o balanço de branco.

Fora isso, o G4 conta ainda com um modo de câmera lenta – o interessante aqui é que, após a filmagem, é possível ajustar com facilidade o trecho específico do vídeo em que a ação vai desacelerar. No mais, o modelo padece de outros filtros, recursos e modos comuns em aparelhos de outras marcas. O que não é novidade, já que a Motorola sempre optou por trazer uma câmera bastante intuitiva em detrimento de mais recursos.

Custo-benefício

Ao fim, fica claro que o Moto G4 tem um apelo maior entre quem quer migrar para a marca do que entre aqueles que têm a versão anterior, que segue dando conta do recado para o uso no dia a dia. A Lenovo repete aqui a fórmula bem-sucedida de trazer um celular “sem frescuras”, para consumidores não tão exigentes e que não estão à procura de um celular super potente ou com recursos inovadores.

Prova disso é a opção de trazer uma versão Android puro, sem mudanças na interface, camadas de software ou penduricalhos desnecessários, como aplicativos impossíveis de serem desinstalados (quem tem um celular da Asus, por exemplo, sabe bem como isso pode ser irritante). Fica claro, mais uma vez, a intenção de atingir o maior público possível, sem que seja necessário entregar um produto capenga para isso.

Até porque o preço do Moto G4 está longe de ser “baratinho”, embora esteja na faixa dos aparelhos intermediários. O celular está sendo vendido a partir de R$ 1.299 – o modelo anterior chegou por aqui por R$ 899 e continua sendo vendido nessa média de preço. Também por isso, gastar R$ 400 a mais para mudar de versão em menos de um ano pode não soar um bom negócio.

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Vale lembrar que a Lenovo lançou também uma versão “turbinada” do aparelho mês passado, o Moto G4 Plus. Aqui, o upgrade é mais evidente, com uma câmera de 16 MP, 32 GB de armazenamento interno (os dois últimos modelos vêm com 16 GB) e um sensor de impressão digital para desbloqueio. Obviamente, o preço é um pouco mais salgado e sai a partir de R$ 1.499.

Veja as principais especificações do novo Moto G:

  • Processador Qualcomm Snapdragon 617 com CPU octa-core de até 1.5 GHz
  • 2 GB de RAM
  • 16 GB de armazenamento interno
  • Tela de 5,5 polegadas com resolução Full HD 1920 x 1080
  • Câmera traseira de 13 MP e frontal de 5 MP
  • Bateria de 3.000 mAh
  • Conexão 4G
  • Dual chip