A seguradora das massas
Há pouco mais de dois anos, o grupo paranaense Consulfac comprou a centenária seguradora gaúcha Previsul. O investimento está dando bons retornos. O faturamento do novo negócio subiu 20% em 2007, chegando a pouco mais de R$ 120 milhões. A companhia tem direcionado seus produtos para o público de baixa renda que, segundo o presidente do conselho de administração da Previsul, Ernesto Luis Pedroso Jr., representa um grande potencial de expansão para a atividade. Pedroso contou dos planos da empresa ao jornalista Guido Orgis.
Qual o foco de atuação da Previsul?
Temos foco em um público mais modesto, de baixa renda, e assim procuramos um mercado mais abrangente. Temos que buscar as classes menos favorecidas para que elas também se protejam com seguros.
Os produtos mudam muito por causa desse foco?
Não, o seguro é uma coisa só. Mas temos que ter taxas mais baratas, com o maior índice de cobertura possível. O nosso principal negócio é o seguro de pessoas e também atuamos junto a empresas para cadastrar os clientes.
Qual o potencial desse segmento?
O seguro no Brasil ainda está engatinhando. Hoje apenas 16% da população brasileira tem algum tipo de seguro. Há uma imensidão a ser explorada. Na previdência privada mais ainda porque essa categoria apareceu no mercado há pouco tempo. Estamos montando um plano de previdência para colocar no mercado no começo de 2009.
Vai competir com a previdência pública?
É uma necessidade que temos hoje porque as previdências públicas do mundo todo estão deficitárias. Não podemos deixar tudo para o governo. Nós temos que buscar tranqüilidade para nosso futuro.
Quais as metas para 2009?
Queremos fazer com que o cartão de crédito que lançamos em parceria com o Unibanco decole. É um cartão que alia nossos produtos a benefícios em compras em farmácias, laboratórios e tem uma consulta diferenciada com os médicos no caso do seguro de saúde. Também vamos lançar a previdência.
E as expectativas de crescimento?
Crescemos bem nos últimos dois anos. O faturamento da empresa quase dobrou, de R$ 5,5 milhões por mês em 2005 para R$ 8,9 milhões por mês em 2008. Para 2009 nós queremos crescer de acordo com o mercado. A expectativa é fechar 2008 com crescimento em torno de 10%. Se o governo prevê para 2009 um crescimento do PIB de 3%, nos contentaríamos em crescer um pouco mais que isso.
Qual é a estratégia?
Temos que cativar os corretores de seguro para que se aliem a nós. A concorrência é grande, existem as gigantes do setor, que dominam o mercado porque elas têm o balcão de venda em suas agências bancárias. Para nós, é o corretor que vai propagar nosso negócio.
A norte-americana Louisiana Pacific (LP), que faturou US$ 1,7 bilhão em 2007, escolheu Curitiba para sediar sua filial no Brasil. Sem muito alarde, a multinacional, que atua no ramo de painéis de madeira, montou seu escritório administrativo em uma casa na avenida João Gualberto, que já abrigou a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em janeiro, a empresa comprou parte (75%) da linha de painéis de madeira OSB da Masisa, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O negócio envolveu recursos da ordem de US$ 75 milhões. Desde então, a LP já contratou 150 pessoas.Nos próximos dias, o CEO do grupo, Rick Frost, faz sua primeira visita oficial ao país.
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Varejo high tech
A rede gaúcha Lojas Colombo estreou nesta semana mais uma novidade no varejo do Sul do país. É a loja conceito Colombo Tech, instalada numa área da Cidade Universitária da Universidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. O foco é a alta tecnologia, como demonstram as parcerias com a UCS, Microsoft Brasil e Intel.
Os estudantes terão bancadas de estudos e televisores para assistir a vídeos e programação da TV aberta e da TV Colombo. A idéia é apresentar o melhor da tecnologia para um público formador de opinião. E no estilo mais arrojado: a loja tem linguagem arquitetônica moderna, em formato arredondado, com paredes envidraçadas, estruturas metálicas aparentes e ambiente climatizado.
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Madero em São José
O Shopping São José, em São José dos Pinhais, é o endereço da primeira franquia do Restaurante Madero, que em agosto mereceu matéria de capa da prestigiada revista Gula. O empresário catarinense Ricardo Fernandes é o franqueado do chef Junior Durski. O investimento foi de cerca de R$ 400 mil.
Mais jovem e mais forte
Há sete meses e meio na Cini, o diretor executivo Marcelo Piragibe é um dos primeiros profissionais do mercado a ser contratado dentro do processo de profissionalização da gestão. A missão dele é rejuvenescer a marca que dá nome a 50 produtos, e ganhar novos mercados. A trajetória da indústria de sucos, chás, águas e refrigerantes chega a espantosos 104 anos, nas mãos da mesma família.Luzes!
Uma luminária de mesa com estampas exclusivas é a aposta do repaginado Shopping Curitiba para atrair o consumidor neste fim de ano. Desde ontem, cada R$ 300 em notas fiscais de compras, mais R$ 12, valem um dos modelos.
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Parceiro internacional
A De Bernt Entschev Human Capital acaba de se filiar à CareerNet International, a CNI, uma rede mundial composta somente por consultorias especializadas em momentos de transição profissional. Bernt Entschev escreve aos domingos no caderno Gestão & Carreira da Gazeta do Povo. A empresa é a primeira parceira da CNI na América Latina.
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