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Zêlo

Quatro décadas vistas do alto

Londrina – Há 35 anos, José Gonçalves da Cruz e sua mulher, Claudete, acompanham, do alto, o movimento de comercialização do café em Londrina. Eles moram no 17.º andar – a cobertura – do Edifício América. Lá, criaram os dois filhos e, na ampla sacada de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade, brincam com o neto, Vítor, de quatro anos.

Cruz, de 66 anos, é um misto de porteiro e síndico informal do prédio. Além de controlar a entrada de visitantes, se encarrega das atividades administrativas.

Nascido na Bahia, foi criado em Junqueirópolis, município do oeste paulista, tradicional na cultura do café. Foi nas lavouras de lá que ganhou certa familiaridade com a cultura. Migrou para Londrina em 1967 e três anos depois instalou-se no Edifício América.

Uma das funções de Cruz é zelar pela hora certa no grande relógio, de 4 metros quadrados, que se levanta sobre o edifício. Os ponteiros não cabem no elevador e, quando precisam chegar ao solo – para conserto ou limpeza – são carregados por 34 lances de escada.

A hora certa do "relojão" – como é apelidado pelos londrinenses – é comandada por um relógio pequeno, instalado na papelaria que funciona no térreo. Os impulsos para o correto e ininterrupto passar do tempo são transmitidos por uma fiação elétrica.

Mais até do que o café, o relógio é a referência do Edifício América. Tanto que poucos o conhecem pelo nome ou o endereço (Avenida Rio de Janeiro, 221, esquina com Rua Maranhão). Mas qualquer londrinense sabe que, para ver as horas, basta olhar para o alto.

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