Economistas acreditam que a redução da TJLP para 6,25% terá reflexos modestos. "A queda é positiva, mas não terá influência significativa. Na composição de preços de uma empresa, o custo do empréstimo é apenas um dos componentes", diz Denise Basgal, professora de finanças do Instituto Superior de Administração e Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV).
Carlos Magno Bittencourt, professor de Economia da PUC-PR, aponta que a redução da TJLP está em linha com os objetivos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. "A queda reforça a intenção do governo, de estimular os empresários a buscar mais recursos e aquecer a economia. Mas 6,25% ao ano ainda é uma taxa elevada", diz Bittencourt.
O economista lembra que esse juro só é válido para as operações de empréstimo direto do BNDES. "Quando a empresa precisa da intermediação de um outro banco, que cobra uma taxa de administração, a taxa anual sobe três ou quatro pontos porcentuais."
Para Luiz Afonso Cerqueira, do Ibef-PR, a nova TJLP é "interessante", mas poderia ser menor. "Junto com a meta de inflação, ela mostra que há uma sintonia fina entre os vários componentes da política econômica do governo. É uma política coerente, mas nitidamente conservadora." (FJ)