O presidente do BNDES, Guido Mantega, detalhou para representantes do setor empresarial as novas políticas operacionais do banco anunciadas no fim do ano passado. Pelas novas regras, o spread da instituição (taxa de remuneração do banco nos financiamentos) teve redução média de 30% (alcançando no máximo 3% ao ano) e a taxa de risco passou a variar entre 0,8% e 1,8%.

CARREGANDO :)

Estavam presentes na reunião os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, além dos presidentes da Fiesp, Firjan e CNI, respectivamente, Paulo Skaf, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira e Armando Neto.

- Com essa redução, mais a trajetória de queda da Selic e da TJLP, já temos um cenário de crescimento sustentável - disse Mantega.

Publicidade

Os empresários comemoraram a redução dos spreads do BNDES, mas ressaltaram que é preciso mais para incentivar novos investimentos. De acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a decisão do BNDES está na direção correta, mas ainda não é suficiente:

- Falar que é suficiente é exigir pouco. Mas a direção é correta. A TJLP (hoje em 9% ao ano) ainda é muito elevada. Por que 9% e não 7% ao ano? A TJLP tem que cair o máximo possível.

- A redução não é aleatória, está ligada a um projeto de desenvolvimento que está sendo implantado no Brasil - explicou Mantega.

Menos otimista e evitando politizar a decisão, o ministro Furlan, afirmou a jornalistas que os reflexos serão sentidos apenas nos próximos anos.

- Não estamos plantando para este ano, mas visando cinco anos para a frente. Até junho os projetos com as novas taxas devem começar a ser contratados - afirmou o ministro.

Publicidade