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A redução da taxa juro real fez com que o rendimento da caderneta de poupança, descontado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caísse de 58,8% entre 1995 e 2002 para 21,6% entre 2003 e novembro de 2010, segundo estudo da consultoria Economatica, divulgado nesta quarta-feira (29). "Como a remuneração da poupança está vinculada à variação dos juros, a redução da taxa real provocou essa queda", comentou o economista sênior do JP Morgan, Júlio Callegari. A taxa Selic média anual, descontada a inflação, caiu de 15,7% entre 1995 e 2002, para 8,3% entre 2003 e novembro de 2010, de acordo com cálculo feito pela economista-chefe da Rosenberg e Associados, Thaís Zara.

Uma contrapartida da redução dos juros nos últimos oito anos, com o incremento do consumo interno, foi a melhora do faturamento das empresas com papéis negociados em bolsa de valores, o que se refletiu diretamente no desempenho do mercado de renda variável. Segundo a Economatica, o Ibovespa subiu 26,8% em termos reais entre 1995 e 2002 e saltou para 286,5% de 2003 a 2010. "Na medida em que os juros passaram a cair no decorrer dos anos, outras opções de ativos, como títulos de empresas, se tornaram mais atraentes para os aplicadores", ressaltou Callegari.

A melhora do crescimento econômico foi outro fator que aumentou a confiança dos investidores em ações de empresas, pois melhoraram as perspectivas de rentabilidade das companhias no longo prazo. De 1995 a 2002, a evolução média do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2,30%. Houve alta de 3,98% de 2003 a 2010, quando é levado em consideração que o País neste ano vai avançar 7,5%.

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