Os frascos de agrotóxicos estão ficando menos tempo nas propriedades rurais do Paraná, de acordo com avaliação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). A rapidez seria responsável pelo aumento no número de embalagens devolvidas nos primeiros nove meses deste ano.
O coordenador de operações do Inpev para o estado, Antonio Carlos Amaral, afirma que a agilidade foi observada especialmente nas regiões de Palotina, Ponta Grossa e Santa Terezinha de Itaipu, que registraram crescimento de 37%, 34% e 56% nas devoluções em relação ao período de janeiro a setembro 2007, respectivamente. A expectativa da entidade é que a prática seja mantida durante a safra de verão, época em que mais se usa agrotóxico no estado, o maior produtor nacional de grãos. Quanto menos tempo os frascos permanecem na propriedade, menor o risco de problemas ambientais.
Embalagens de defensivos usados na safra de inverno normalmente devolvidas em outubro já teriam sido recolhidas. "O produtor rural paranaense adquiriu a cultura de devolver a embalagem vazia logo após usar o produto", avalia Amaral. Em Santa Terezinha do Itaipu e Palotina, houve coleta itinerante e treinamento para funcionários de cooperativas, revendas e indústria.
O Paraná ocupa a segunda posição no ranking brasileiro dos estados que mais encaminham embalagens vazias de defensivos agrícolas para o destino final ambientalmente correto (reciclagem ou incineração). Apresentou crescimento de aproximadamente 10% no programa de destinação final nos primeiros nove meses do ano e processou adequadamente mais de 3,3 mil toneladas de embalagens cerca de 17% do volume nacional. O Mato Grosso ficou na liderança, com 4,3 mil toneladas 8,9% mais que em 2007. O terceiro lugar, São Paulo, destinou 2,4 mil toneladas.
Segundo o Inpev, entidade criada em 2001 que representa a indústria, os agricultores brasileiros são líderes no ranking dos mais conscientes do mundo quando o assunto é a devolução das embalagens vazias de defensivos agrícolas. De janeiro a setembro, seguiram para o destino ambientalmente correto 19 mil toneladas de embalagens vazias em todo o país, volume que representa um aumento de 12,5% em relação ao total processado nos primeiros nove meses de 2007 (16,9 mil toneladas). Apenas em setembro deste ano, foram destinadas 2,2 mil toneladas.