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Energia

Rasca: governo vai retomar discussão

O presidente do IAP e secretário de estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, diz concordar com a posição da maioria dos ambientalistas, de que as PCHs têm impacto ambiental menor que as grandes hidrelétricas. Segundo ele, a exigência de que seja concluído o Zoneamento Ecológico-Econômico do Paraná antes da liberação das PCHs "não é uma decisão do secretário nem do presidente do IAP, e sim do governo estadual". Rasca Rodrigues afirmou que, como consta no programa de governo de Roberto Requião, "essa discussão será retomada neste mandato".

Sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico, o secretário informou que os estudos devem ser acelerados a partir de agora. "[O zoneamento] não andou com a celeridade que gostaríamos. Mas, com a criação do ITCG [Instituto de Terras, Cartografia e Geociências, autarquia da Secretaria do Meio Ambiente criada em junho passado], retomamos um fôlego para que possamos ter essa ferramenta como norteamento dos investimentos econômicos no estado."

Rasca Rodrigues classificou de "injusta" a ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), que apontou supostas irregularidades no licenciamento da usina de Mauá. "Foi um gesto desesperado e injusto quem, como eu, tem posição pessoal contrária à construção de usinas de grande impacto", disse. Conforme o secretário, houve audiências públicas nos municípios afetados, acompanhadas pelo próprio MPF, e todos os questionamentos do MPF e de organizações não-governamentais sobre a obra foram incluídos como condição para que a usina receba a licença de instalação.

"O estudo não é falso, é incompleto. Por isso pedi esclarecimentos sobre tudo o que eles questionaram, e [a licença para Mauá] só será válida quando comprir 70 condicionantes e quando for encerrado o estudo da bacia do rio Tibagi." Em relação às críticas ao fato de ter sido conselheiro administrativo (entre 2003 e 2005) e fiscal (entre 2005 e 2006) da Copel ao mesmo tempo em que presidia o IAP, Rasca diz que a estatal nunca teve interesse legítimo na obra de Mauá porque nunca participou dos levantamentos e estudos de impacto exigidos pela Aneel antes de leiloar algum empreendimento. "Além disso, esse assunto nunca foi abordado nas reuniões de que participei no conselho de administração e do conselho fiscal. Tanto que anexei todas as atas em minha defesa na ação do MPF." (FJ)

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