Aperto fiscal
Grã-Bretanha detalha cortes no orçamento
O novo governo do Reino Unido detalha na manhã de hoje alguns dos cortes orçamentários. Ontem, o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, disse que a severa deterioração da economia na zona do euro significa que a redução nos gastos públicos terá de ser feita num prazo mais curto na Grã-Bretanha.
As medidas de hoje irão totalizar 6 bilhões de libras (US$ 8,7 bilhões), mas o ministro britânico de Finanças, George Osborne, terá de avaliar como o Tesouro irá enfrentar o déficit de 156 bilhões de libras (US$ 225,7 bilhões) no orçamento.
"Eu não acredito que ninguém poderia ter previsto que a situação na Grécia iria golpear a exportação dos nossos serviços e mercadorias", disse Clegg. "Nós estamos conectados com a zona do euro e é por isso que temos que fechar o buraco negro nas nossas finanças públicas". Clegg também criticou as decisões de gastos do Partido Trabalhista, principalmente as tomadas nos últimos dias de governo de Gordon Brown.
A União Europeia (UE) teve uma reação lenta ao ataque especulativo contra a Grécia, o que ameaçou a estabilidade de toda a zona do euro, afirmou ontem o primeiro-ministro grego, George Papandreou. "Felizmente, agora todos perceberam o que está acontecendo e estamos trabalhando juntos para adotar as medidas necessárias e proteger a zona do euro contra os especuladores", disse o premiê.No início do mês, a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciaram um plano de 750 bilhões de euros para evitar que a crise grega se espalhasse para países como Portugal e Espanha, ameaçando dessa forma a estabilidade do euro.
Papandreou disse que seu governo está "determinado" em implementar as medidas de austeridade que têm como objetivo reduzir o déficit orçamentário da Grécia para menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Contágio
A crise europeia também levantou questões sobre os possíveis riscos para a saúde dos bancos dos Estados Unidos. Os bancos americanos possuem US$ 6,5 bilhões em empréstimos aos tomadores gregos, inclusive o governo e as companhias privadas. Segundo o Banco de Compensações Internacionais, o valor alcança os US$ 200 bilhões se acrescidas outras economias europeias com problemas, como Espanha, Itália e Irlanda. Para analistas, no entanto, o montante ainda é modesto e representa uma ameaça bastante limitada para as instituições financeiras dos EUA.
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