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Turismo

Reajuste da diária anima setor hoteleiro na capital

Para Eraldo Santanna, da rede Slaviero, Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
Para Eraldo Santanna, da rede Slaviero, Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico (Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo)

Em voga até 2014, o setor hoteleiro em Curitiba apresentou crescimento significativo em 2011, de acordo com a pesquisa Panorama da Hotelaria Brasileira, que analisou o momento do setor em seis cidades brasileiras no ano passado. O principal motivo da alta foi o aumento no valor médio das diárias praticadas na cidade, que subiram 13,1% no ano passado.

Historicamente, Curitiba sempre foi uma das cidades com uma das diárias médias mais baixas entre as capitais brasileiras, mas nos últimos anos esse cenário começou a mudar – fenômeno que está incentivando empresários a planejarem novos investimento para o município. Em 2010, a média das diárias já havia crescido 5,3%, descontanda a inflação.

O principal índice para aferir o crescimento do setor é o chamado RevPAR, abreviação do inglês para "Revenue per Available Room", ou Receita por Quarto Disponível. Em Curitiba a alta foi de 15,8%, enquanto no Brasil este índice cresceu 12,2% no ano passado em relação a 2010.

Sistematicamente, as tarifas em Curitiba vem sendo reajustadas nos últimos dois anos. "Em 2010, a diária média da cidade era de R$ 141. Agora, de acordo com dados até março deste ano, o valor está em R$ 187", detalha Ronaldo Albertino, diretor de desenvolvimento da rede Bourbon Hotéis e Resorts na América Latina. Ele afirma que isso propicia um cenário para novos produtos hoteleiros.

Segmentação

O destaque diz respeito à segmentação de leitos. O crescimento de 17,8% no valor das diárias dos leitos econômicos (até R$ 190) na cidade foi o maior apontado pela pesquisa, realizada pela consultoria HotelInvest.

Segundo o diretor de expansão da rede da Slaviero, Eraldo Santanna, Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico. Já empreendimentos em hotéis midscale e upscale, mais caros, ainda estão com folga na oferta. "A grande demanda da cidade é de turismo corporativo e é ela que vai se manter após a Copa do Mundo", afirma.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a rede hoteleira curitibana tem 12.780 unidades habitacionais, com 19.083 leitos. Para o torneio, os leitos atuais já dariam conta do fluxo de turistas. O cálculo realizado pela FIFA exige que a cidade-sede tenha um número de vagas disponíveis em hotéis que totalizem 30% da capacidade do estádio local em um raio de até 150 quilômetros do local dos jogos. No caso de Curitiba, o projeto é que a Arena da Baixada tenha capacidade para 41 mil torcedores e, portanto, seriam necessários pouco mais de 12 mil leitos.

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