Produção de petróleo da Petrobras no Brasil cresce no semestre
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu a média de 1,947 milhão de barris, apenas 0,82% superior à média de 2013, de 1,931 milhão de barris. A meta da empresa é aumentar sua produção em 7,5% este ano, com margem de erro de um ponto percentual para mais ou menos.
Ação da Petrobras dispara e ampara maior alta da Bovespa em três semanas
A semana começou com as ações da Petrobras novamente dando o tom à bolsa brasileira e sustentando a maior alta do Ibovespa em três semanas, no primeiro pregão após a estatal divulgar seu resultado trimestral e dados recentes de produção. A sessão também foi marcada por outros destaques na cena corporativa e por um ambiente externo mais tranquilo com algum alívio na situação da Ucrânia.
O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o aumento dos combustíveis é "imprescindível" para que a empresa reduza seu endividamento. O executivo afirmou, porém, que não tem como prever quando isso ocorrerá e negou que a decisão esteja relacionada ao calendário oficial. O último reajuste foi autorizado em novembro de 2013.
De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, a defasagem atual no preço da gasolina é de 9,6% e do diesel, de 8,4%, em relação aos preços internacionais. Os preços externos trazem impacto à Petrobras porque a empresa importa combustíveis que vende para atender à demanda interna e também porque importa petróleo, já que o óleo produzido no Brasil não pode ser todo processado internamente, devido a questões técnicas das refinarias e do produto.
A palavra final sobre o reajuste dos combustíveis cabe ao conselho de administração da empresa, instância máxima de gestão da companhia. O conselho é formado por dez integrantes, dos quais sete são representantes governo, uma vez que a União é o principal acionista da companhia.
Os reajustes têm sido retidos devido ao impacto que trariam na inflação. Sem poder repassar a alta dos custos no mercado interno, a Petrobras é obrigada absorvê-los, o que tem trazido impacto negativo às suas finanças. No primeiro semestre de 2014, a Petrobras lucrou R$ 10,4 bilhões, queda de 25% em relação aos primeiros seis meses de 2013, de 13,9 bilhões. A dívida da Petrobras cresceu de R$ 221,6 bilhões para R$ 241,3 bilhões entre dezembro de 2013 e junho de 2014.
A empresa tem como metas de endividamento reduzir de 3,92 para 2,5 a relação entre dívida líquida e Ebitda (indicador de geração de caixa pela empresa), e de 40% para 35% a relação entre dívida líquida e dívida líquida somada ao patrimônio da empresa. Os dois indicadores são as principais medidas observadas pelo mercado para avaliar o quão endividada é uma empresa. "Nós temos trabalhado ao longo dos trimestres, mostramos a evolução ao Conselho de Administração, e essa evolução depende de variáveis. Continuamos a meta de alinhar os preços domésticos aos internacionais e fornecido outras variáveis. Data eu não tenho", disse Barbassa.
Ao negar que o reajuste dependa do calendário eleitoral, Barbassa disse que as variáveis monitoradas são câmbio, cotação internacional de óleo e volume interno de produção.
Demissão voluntária
O Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário da Petrobras (PIDV) demitiu 3.102 até junho deste ano. Lançado em janeiro, o programa teve 8.289 inscritos. A ideia da estatal é desligar 55% do total dos inscritos até o final deste ano e os demais, em 2015.
Para dar conta de pagar todas as indenizações, a estatal fez uma provisão de R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre, o que impactou no lucro da companhia no período.O programa oferece indenizações de R$ 180 mil a R$ 600 mil (conforme a faixa salarial) a funcionários com mais de 55 anos completados até a data e habilitados a pedir aposentadoria pelo INSS.
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