Um novo reajuste do preço dos combustíveis "certamente virá", mas não "tem uma data" ainda, disse, ontem, a presidente da Petrobras, Graça Foster. A executiva ressaltou, porém, que a necessidade de aumento é de "longo prazo" e não há uma "definição de curto prazo" sobre o assunto.
Segundo Graça, desde 2002, quando teve início a política de alinhar preços ao mercado internacional no longo prazo apenas, a Petrobras tem um resultado positivo. Atualmente, no entanto, Foster reconhece que há uma defasagem frente às cotações internacionais.
Como forma de reforçar o caixa da companhia, a executiva defende ainda o aumento da mistura de gasolina no etanol dos atuais 20% para 25%. Tal decisão, diz, não cabe à Petrobras, mas sim ao governo, que tem de assegurar o abastecimento do mercado doméstico.
A Petrobras, segundo Graça Foster, trabalha ainda em outras frentes para poupar seu caixa e fazer sobrar mais recursos para investimento. Um das mais importantes, afirma, é a redução de custos.
Há seis meses, a estatal trabalha em um novo programa de corte de custos, que envolve toda a companhia e será lançado na próxima semana. Entre as iniciativas, está a redução de custos de manutenção de estoques. "Precisamos aumentar a sinergia entre as áreas da própria Petrobras."
Ainda para levantar recursos, Foster disse que a estatal mantém em curso seu programa de venda de ativos, focado em empreendimento "sem nenhuma ou com muito pouca sinergia" atualmente para a empresa.