Emprego - Indústria paranaense abre 42 mil vagas de janeiro a julho

O nível de emprego da indústria paranaense cresceu 8,2% no primeiro semestre devido à criação de 42 mil vagas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado é quase o dobro do desempenho do mesmo período do ano passado, que foi de 4,9%, com a criação de 24 mil vagas. Os setores que lideram são a indústria de alimentos e bebidas, têxtil e vestuário, produtos químicos e material de transporte.

As contratações do Paraná, segundo estado que mais gerou emprego, refletem a recuperação da produção industrial, que aumentou em 6,9% no período, ante 3,7% no ano passado.

O emprego da agroindústria cresceu mais (11,3%, devido à criação de 24,3 mil empregos) até junho, mais que a metade do total de empregos criados pela indústria em geral. Os setores que despontam na pesquisa são refino de açúcar, produção de álcool e trabalho em frigoríficos.

Como é tradição no primeiro semestre do ano, a maior parte dos empregos (85%) surgiu no interior do estado.

De acordo com o Caged, a folha de pagamento cresceu pouco menos de 1% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2006.

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Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 87,5% das 280 negociações de reajustes salariais no primeiro semestre de 2007 ficaram acima da inflação, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é utilizado nas negociações.

Segundo o Sistema de Acompanhamento de Salários, do Dieese, quase a totalidade (97,1%) das negociações entre janeiro e junho foi igual ou superior à variação do INPC, sendo capaz de recompor as perdas salariais acumuladas. O cenário é parecido ao mesmo período de 2006, quando 95,6% atingiram esse resultado.

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O Dieese constatou ainda que a situação mais favorável é a da indústria, onde 93% das negociações realizadas resultaram em aumentos reais e menos de 1% ficou abaixo da variação do INPC-IBGE. Nos serviços, os percentuais corresponderam a 85% e 3%, respectivamente e, no comércio, a 82% e 7%.

Segundo o estudo, a região Sudeste teve a menor ocorrência de reajustes superiores à inflação (82,4%) e maior proporção de reajustes equivalentes (12%) ou inferiores (6%) à variação do INPC. No restante do país, a presença de ganhos reais oscilou entre 88% no Centro-Oeste e 91,3% no Norte.