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Realidade virtual é o grande destaque da E3

Oculus Rift, pioneiro na retomada da tecnologia, concentrou a atenção dos usuários na feira. | Lucy Nicholson/Reuters
Oculus Rift, pioneiro na retomada da tecnologia, concentrou a atenção dos usuários na feira. (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)

Se, há pouco tempo, a tecnologia 3D era a principal tendência para os videogames, a E3 deste ano, maior feira de games do mundo, provou que o futuro quer ir muito além disso. A nova aposta do mercado não está apenas em fazer o jogador enxergar objetos e personagens em três dimensões, mas em colocá-lo dentro de todos esses universos. É o que o mercado chama de realidade virtual e que em breve chegará às salas de estar de amantes de jogos.

Na E3 deste ano, não era difícil encontrar os estranhos óculos espalhados pelo evento, chamando a atenção do público e gerando enormes filas para testar a novidade. Mas, das várias opções disponíveis, dois modelos específicos se destacaram e despontam como as grandes esperanças dessa tecnologia: o Oculus Rift e o Morpheus, da Sony.

E, enquanto o primeiro dispensa apresentações por ser o pioneiro nessa retomada da realidade virtual, o outro é novidade para muita gente exatamente por trazer esse conceito para os consoles de mesa, sendo um acessório para o PlayStation 4.

Até mesmo para os mais céticos, a E3 deste ano provou que essa tecnologia é tão real quanto se espera. As demonstrações disponíveis revelaram uma experiência imersiva na qual o jogador se sente dentro do game. Mais do que isso, trata-se de um recurso que muda profundamente a forma de se jogar – não se trata, portanto, de “perfumaria” .

No caso do Morpheus, por exemplo, o jogo Kitchen é o que melhor traduz as possibilidades da realidade virtual. Desenvolvido pela japonesa Capcom, ele recria o clima de filmes de terror, como Jogos Mortais, e coloca o jogador preso a uma cadeira enquanto uma estranha mulher tenta atacá-lo com uma faca.

E a imersão proporcionada pelos óculos faz com que o jogador realmente se sinta vulnerável: ele olha para os lados, buscando uma saída enquanto vê o seu próprio corpo amarrado e indefeso. O destaque fica pelo uso do DualShock 4, que captura o movimento das mãos e o reproduz dentro do jogo, ampliando a sensação de estar lá dentro. É de tirar o fôlego.

Já com o Rift, isso só é possível com o uso do Oculus Touch, um controle especial que não estava disponível na E3. Ainda assim, a demonstração de EVE Valkyre impressiona ao trazer o mesmo envolvimento em uma simulação espacial no meio de uma batalha de naves. A sensação de estar em meio às estrelas, mesmo que digitais, é incrível.

Usabilidade

E, apesar de exagerados, esses óculos não são desconfortáveis. O modelo da Sony possui um revestimento acolchoado, enquanto o Rift é fixado a partir de algumas faixas ajustáveis. Ainda que seja um pouco incômodo ter um peso extra no rosto, não é nada que atrapalhe. Por outro lado, as próprias empresas alertavam sobre a possibilidade de vertigem e tortura em algumas pessoas, o que mostra que a novidade não é para todos.

Além disso, mesmo com lançamento para o início de 2016, os óculos ainda precisam melhorar em termos de resolução e, principalmente, na oferta de jogos. Por mais que tenham sido destaques da feira, eles foram ignorados pelas grandes produtoras, como Electronic Arts, Activision e Bethesda. E, até que elas entrem no jogo, a realidade virtual segue apenas como uma promessa.

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