A agência Moody's rebaixou a classificação da Grécia em três degraus nesta segunda-feira (07) por conta de um aumento do risco de moratória, elevando as chances de o país da zona do euro ter de reestruturar sua dívida, talvez antes de 2013.

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A medida elevou a pressão para que autoridades da zona do euro flexibilizem os termos de pagamento dos empréstimos feitos a Atenas, justo em um momento em que a Alemanha e seus aliados parecem ter dado às costas a iniciativas mais radicais para ajudar o país a reduzir sua dívida por meio de compra ou recompra de bônus.

A Moody's Investors Service reduziu a classificação da dívida grega a B1, de um patamar anterior de Ba1, e disse que poderá promover novos cortes, levantando um protesto indignado do ministro das Finanças da Grécia.

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"A probabilidade de uma moratória ou troca de dívida aumentou desde o último rebaixamento da classificação da dívida soberana grega em junho de 2010", afirmou a Moody's em comunicado.

O rebaixamento causou ansiedade no mercado de crédito, elevando os preços de seguros contra o risco de default de dívidas da Grécia, Portugal e Espanha.

Os rendimentos dos bônus do governo português atingiram o recorde de 7,65 por cento, aumentando a pressão sobre Lisboa para buscar um resgate junto ao Fundo Monetário Internacional e União Europeia, a exemplo do que já foi feito por Grécia e Irlanda.

A Moody's citou riscos ao programa de consolidação fiscal grego em meio a uma queda de receitas e dificuldades em reformar o sistema de saúde e estatais.

A Grécia assinou um programa de resgate de 110 bilhões de euros (154 bilhões de dólares) com a UE e o FMI em maio para evitar a moratória, em troca de medidas draconianas de austeridade que já começou a implementar. Mas muitos consideram os termos de pagamento muito onerosos.

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