• Carregando...
Osmar Yamawaki, presidente da Daiken: 10% do faturamento vai para a área de pesquisa | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Osmar Yamawaki, presidente da Daiken: 10% do faturamento vai para a área de pesquisa| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Durante 15 anos, a metalúrgica fundada por Jorge Yamawaki foi fornecedora das principais redes bancárias do país. Fabricante de gabinetes, racks e componentes para computador e equipamentos mecânicos, a Daiken especializou-se na produção de salas de autoatendimento. Chegou à liderança do mercado no segmento, com vendas para todo o território nacional.

Foi justamente o setor bancário que ajudou a empresa a mudar de estratégia e conquistar um novo nicho de mercado. A lei de acessibilidade, publicada em 2001, exigiu adaptações nas instalações bancárias. Os bancos encomendaram à Daiken estudos sobre novos produtos que facilitassem o acesso às agências.

"As pesquisas indicaram um novo potencial de mercado, em que poderíamos atender aos bancos e também a uma nova clientela, que precisaria se adaptar à legislação", explica Osmar Teiji Yamawaki, diretor-presidente da empresa.

Para atender a essa nova demanda, Yamawaki apostou no desenvolvimento de três linhas de produtos de acessibilidade: plataformas de elevação vertical e inclinada e elevadores residenciais. Nos últimos quatro anos, instalou 2 mil equipamentos em todo o país e conquistou um crescimento expressivo. A projeção é fechar o ano com faturamento 45% maior do que 2013, encerrado com R$ 9 milhões.

A Daiken destina o equivalente a 10% do faturamento para pesquisa e desenvolvimento. Só o projeto das plataformas inclinadas, tecnologia totalmente desenvolvida pela empresa, consumiu R$ 1 milhão. O equipamento é instalado em escadas, permitindo o transporte do cadeirante, sem necessidade de obras civis. Parte dos componentes é importada e outra é produzida pela fábrica de 4,3 mil m² em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na linha de elevadores residenciais, a Daiken tem duas versões. A mais simples custa R$ 40 mil. Com capacidade para três pessoas e até 250 quilos, os equipamentos começam a ganhar mais espaço nos projetos arquitetônicos. "As máquinas exigem manutenção a cada dois ou três meses, como um carro. Em terrenos cada vez menores, as casas ganham mais andares e o elevador pode ser uma boa solução. Além disso, o envelhecimento e a longevidade da população são fatores que tornam a acessibilidade em casa uma necessidade cada vez maior", aponta Yamawaki.

Além de se aproximar de construtoras e escritórios de arquitetura para apresentação dos elevadores, a Daiken também investiu em novos canais de venda. Até o ano passado, a empresa fazia a venda direta para a clientela de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Neste ano, partiu para a abertura de representações comerciais e hoje tem uma rede com mais de 100 representantes em todo o país.

Novidades

A Daiken trará ao Brasil dois novos produtos de mobilidade doméstica em 2015. Um será a cadeira elevada, para instalação em escadas, aliviando o esforço de quem tem dificuldade de locomoção mas não usa cadeira de rodas. O outro é a cadeira de piscina, instalada na borda, para transferência do cadeirante para dentro da água. Os dois produtos serão importados da Áustria e, depois, produzidos no Brasil. "Vamos instalar demonstradores da cadeira de piscina nos clubes locais no primeiro semestre", diz o diretor, Osmar Yamawaki.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]